Dois dias antes da semifinal da Copa do Mundo entre Argentina e Croácia, que será disputada na próxima terça-feira (13), a Fifa divulgou a arbitragem do confronto decisivo. O italiano Daniele Orsato será o responsável pelo apito. Os bandeirinhas também são da Itália: Ciro Carbone e Alessandro Giallatini. O quarto árbitro é Mohammed Abdula Mohamed, dos Emirados Árabes Unidos. A equipe do VAR é composta por Massimiliano Irrati, Paolo Valeri, Kathryn Nesbitt e Juan Soto.
Daniele Orsato não apitou nenhuma partida do mata-mata da Copa do Mundo. O italiano atuou em duas partidas na fase de grupos: a vitória da Argentina contra o México e o triunfo do Equador sobre o Qatar, na abertura do Mundial. As quartas de final da Copa do Mundo foram marcadas por polêmicas e insatisfação com a arbitragem. O espanhol Mateo Lahoz, que distribuiu 18 cartões em Argentina x Holanda, gerou indignação no elenco Albiceleste e foi chamado por Emiliano Martínez de “pior árbitro da Copa”.
Outras partidas nas quartas de final não escaparam de polêmicas. Pepe, zagueiro de Portugal, insinuou que “vão dar o título para a Argentina” após a eliminação lusitana para Marrocos. O brasileiro Wilton Pereira Sampaio, que apitou França x Inglaterra, teve sua qualidade questionada pelos jogadores da seleção inglesa.
Tite deixa um legado
Uma eliminação de Copa do Mundo para o Brasil raramente vem sem estar acompanhada do apontamento de alguns vilões para carregar a culpa. Tite talvez tenha sido um desses escolhidos em 2022 depois de algumas decisões equivocadas contra a Croácia. Daí a questionar seus méritos ou reduzir seus seis anos de trabalho com a seleção como se fossem nada, há uma grande distância.
Tite terá como grande mérito de seu período, pensando no futuro, ter dado “casca” a jovenscomo Vinicius Jr., Rodrygo, Gabriel Martinelli, Antony, Bruno Guimarães, com a primeira Copa de cada um. São nomes que certamente serão fundamentais para o Brasil voltar a viver o sonho de ser hexa.
A seleção com Tite também teve atenção aos detalhes. Quando foi criticada por se preparar no frio da Itália antes de chegar ao calor do Qatar, o plano por trás era de conseguir reunir o grupo (que já tinha quase todo muno na Europa, e no frio) o mais rápido possível para privilegiar os treinos, com intensidade sempre alta – ainda que tenha se questionado também lances mais duros entre companheiros. Sabia-se o que estava sendo feito, e não faltou trabalho dentro de campo.
Ambiente não ganha jogo, claro, mas certamente nunca será um fator negativo ter um grupo tão unido como Tite conseguiu montar. Algo que foi ressaltado por basicamente todos os jogadores, fossem titulares ou reservas. Você pode dizer que já viu times que se odiavam nos bastidores serem campeões, mas também viu um time talentoso como a Bélgica não conseguir ir além da fase de grupo na Copa do Mundo com problemas sobrando fora de campo.
AliançA FM