Os pais de um adolescente de 12 anos denunciaram à polícia que o filho deles sofreu agressões físicas e estupro coletivo praticado por outros alunos em uma escola pública do estado, localizada no Recife. O caso é investigado pela Polícia Civil .
Os agressores, segundo a família, iam atrás do adolescente dentro de sala de aula, nos horários de intervalo, já que o garoto começou a não sair por medo.
“Eles entravam, jogavam ele no chão e espancavam ele ali, no chão, para ninguém ver. Chegaram ao ponto de levar ele para o banheiro, né? Aí, botaram arma na cara dele. E foi quando três deles seguraram ele e os outros cometeram o abuso”, relatou a mulher.
O adolescente fez exame no Instituto de Medicina Legal (IML) após o registro do boletim de ocorrência. Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os nomes do garoto e dos parentes não serão divulgados.
Por causa da pandemia e das atividades pela internet, o adolescente, novato, não tinha contato com outros alunos. Ele começou a frequentar as aulas presenciais neste ano.
A mãe notou os primeiros sinais da agressão quando viu marcas pelo corpo do menino. Ela acreditou que os hematomas fossem por causa dos treinos esportivos, já que o menino é atleta. Durante vários dias, o adolescente fingiu ir para a escola, mas faltou às aulas sem que a família soubesse.
Uma pessoa da escola ligou para saber o que estava acontecendo. Foi, então, que a mãe começou a achar que o filho estava em perigo e teria contado, por telefone, o que o adolescente havia dito sobre o medo de estudar lá .
De acordo com a mãe, a resposta da escola não foi o que ela esperava.
“Disseram que era tudo coisa da cabeça dele. Que nada disso era verdade, que eu não desse importância porque era tudo coisa da cabeça dele”, recordou.
A família decidiu, então, trocar o adolescente de escola.
AliançA FM