Marcelo Queiroga, o ministro da Saúde, conversou com o presidente da OMS, Tedros Adhanom, pela primeira vez desde que assumiu o cargo.
O ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, afirmou neste sábado (3) que, em uma conversa com Tedros Adhanom, da Organização Mundial da Saúde (OMS), analisou-se a possibilidade de adaptar fábricas brasileiras de vacinas para animais para que elas passem a produzir vacinas para a prevenção da Covid-19 em humanos.
Queiroga diz que um dos temas da conversa entre ele e Tedros foi como assegurar mais vacinas nos próximos três meses. Segundo o ministro, além da Fundação Oswaldo Cruz e do Butantan, o complexo de Bio Manguinhos poderá ser usado.
De acordo com ele, será feita também uma análise técnica “para a adequação dos parques que produzem vacinas animais para utilizá-los para produzir vacinas em humanos”.
Máscaras e distanciamento
Ele disse diversas vezes que é preciso observar as regras de prevenção ao contágio, como usar máscaras e evitar aglomerações, mas que não haverá uma lei que obrigará as pessoas a fazerem isso.
“O Brasil é um dos focos da doença, estamos perdendo, todos os dias, muitos brasileiros. Isso decorre da pressão sobre o sistema de saúde”, afirmou Queiroga. Foi nesse momento que ele pediu para que as pessoas usem máscaras, mantenham distância entre elas e não façam aglomerações.
“Todos sabemos que o uso de máscaras é fundamental, é necessário que haja adesão da população brasileira”, disse.
Campanha de vacinação
Queiroga afirmou que a prioridade, no momento, é ampliar a campanha de vacinação. Ele repetiu que faltam vacinas no Brasil e no mundo.
O ministro disse que o governo se comprometeu com a meta de 1 milhão de injeções de vacina por dia no mês de abril.
“Temos a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan nos assegurando 30 milhões [de doses] no mês de abril”, disse ele.
Um dos problemas é que falta Insumo Farmacêutica Ativo (IFA), um dos componentes básicos para fazer a vacina.
Queiroga disse que a Fundação Oswaldo Cruz tem conversado com a AstraZeneca para a produção de um IFA nacional, que daria mais autonomia ao país. O ministro disso, no entanto, que também tem conversado com a embaixada da China para poder importar uma quantidade maior. “É na base do diálogo que vamos buscar soluções”, disse ele.
Vacinas da Covax
O ministério conta também com doses do consórcio Covax. “Em outubro o Brasil alocou US$ 150 milhões para que tenhamos um aporte de vacinas para cobrir 10% da nossa população”, afirmou ele.
Exército na campanha
Houve também uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, da Defesa. Os três falaram sobre como as Forças Armadas podem agir para acelerar a campanha de vacinação.
“Teremos apoio das Forças Armadas na logística, e com o corpo técnico da área da saúde, ajudando estados e municípios a vacinar de maneira efetiva”, afirmou ele.
As Forças Armadas estão presentes no país inteiro, o que pode ajudar na campanha, disse ele, sem dar mais detalhes.
Por: G1