Ex-chefe da Casa Civil do Pará é um dos presos em operação deflagrada pela PF nesta terça-feira

O Chefe da Casa Civil do Governo do Pará, Parsifal de Jesus Pontes, foi preso na manhã de hoje, durante a operação S.O.S, que investiga o desvio de recursos na área da saúde. A operação está em curso e até o momento outros dois integrantes da cúpula do governo, também foram presos: Antonio de Padua, secretário de Transportes e Leonardo Maia Nascimento, assessor de gabinete do governador Helder Barbalho.

Na decisão que autorizou a deflagração da Operação SOS, Francisco Falcão, do STJ, disse que foi encontrada uma “máquina de contar cédulas” na casa ex-secretário da Casa Civil, o que segundo o ministro, “a posse de tal equipamento é forte indicativo do manuseio de valores em espécie, que constituem meio frequente de pagamento de propina”

Durante a deflagração da Operação SOS, a Polícia Federal apreendeu notas de dólares e euros em endereço do operador financeiro Nicolas Andre Tsontakis Morais. Ele é apontado como o “contato entre a cúpula governamental e a cúpula empresarial” do esquema investigado no Pará.

Segundo a PF, Tsontakis, que também usa o nome falso Nicholas André Silva Freire, é “o principal articulador do esquema criminoso, atuando como importante elo entre seus prováveis chefes (governador e o chefe da Casa Civil) e os empresários, objetivando não somente evitar uma maior exposição do núcleo político da Orcrim quando das tratativas criminosas, mas, especialmente, auxiliar na operacionalização financeira, na lavagem de capitais e no recebimento de vantagem indevida por parte de agentes públicos e políticos”.

A Operação SOS é um desdobramento da Para Bellum, sobre a fraude na compra de respiradores pelo governo de Helder Barbalho, adquiridos com dispensa de licitação amparada pelo período de calamidade pública do novo coronavírus.

Do total da compra pelo Governo do Pará, metade do pagamento foi feito à empresa vendedora do equipamento de forma antecipada, sendo que os respiradores sofreram grande atraso na entrega, além de serem diferentes do modelo comprado e inservíveis no tratamento da covid-19, razão pela qual foram devolvidos, deixando parte da população paraense desassistida do adequado tratamento durante a pandemia. O custo foi de R$ 50,4 milhões de reais

Em nota, o Governo do Pará se reservou a dizer que “apoia, como sempre, qualquer investigação que busque a proteção do erário público”.

*com informações O Antagonista

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