Cientistas descobriram três vírus em morcegos no Laos que são mais semelhantes ao Sars-CoV-2 do que qualquer outro vírus conhecido, informou a revista científica “Nature”.
Apesar de citada pela revista Nature, a pesquisa ainda não foi revisada por outros cientistas e apenas uma versão prévia do estudo foi divulgado.
Os vírus encontrados têm “pedaços” em seu código genético que usam para infectar células que são quase idênticos aos que o coronavírus tem e que o tornam capaz de infectar as células humanas, segundo os pesquisadores – do Instituto Pasteur na França e de uma filial no próprio Laos.
Os cientistas perceberam, em testes de laboratório com vírus artificiais, que os novos vírus são capazes de entrar nas células humanas de forma tão eficiente quanto a primeira “versão” do coronavírus, identificada em Wuhan, na China.
Por outro lado, esses vírus artificiais foram bloqueados por anticorpos neutralizantes do próprio Sars-CoV-2.
Além disso, os vírus do Laos não têm outros “pedaços” que também ajudam o Sars-CoV-2 e outros coronavírus a entrar nas células humanas.
Nas conclusões da pesquisa, os pesquisadores afirmam que “nossos resultados apontam a presença de novos sarbecovírus de morcego que parecem ter o mesmo potencial para infectar humanos que as cepas iniciais de Sars-CoV-2”.
Eles alertam, ainda, que “pessoas que trabalham em cavernas, como coletores de guano [fezes de aves e morcegos acumuladas e usadas como fertilizantes], ou certas comunidades religiosas ascéticas que passam muito tempo dentro ou muito próximas das cavernas, bem como os turistas que as visitam, correm maior risco de exposição“.
Por isso, justificam, “são necessárias investigações adicionais para avaliar se essas populações expostas foram infectadas por um desses vírus, se essas infecções estão associadas a sintomas e se poderiam conferir proteção” contra uma eventual infecção pelo Sars-CoV-2.
Com informações do site g1