A Rússia ameaçou, na sexta-feira (25), a Finlândia e a Suécia com “graves consequências” militares e políticas se os países tentarem entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Não podemos deixar de notar os esforços direcionados da Otan e de outros membros para envolver a Finlândia e a Suécia nesta aliança”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
A declaração foi feita depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, agradeceu o apoio recebido dos dois países após a invasão russa na Ucrânia. A Finlândia compartilha 1.309 km de fronteira com a Rússia.
Os russos acusam a organização de ser agressiva e representar uma ameaça, abrindo mão de seu princípio defensivo para tentar conter o país euroasiático.
Alistair Kocho-Williams, professor de história da Universidade Clarkson (EUA) lembra que a Otan responde, há tempo, às ameaças militares russas e serviu como baluarte de proteção contra uma possível agressão soviética durante a Guerra Fria.
Otan e seu papel
A Otan é uma aliança militar estabelecida em 1949 pelos Estados Unidos, Canadá e outros oito países que, com o passar do tempo, foi ganhando novos integrantes. Atualmente, são 30 países. A mais recente adesão foi a da Macedônia do Norte, em 2020.
No campo político, tem o objetivo de promover valores democráticos e permite a seus integrantes consultar e cooperar em questões relacionadas à defesa e à segurança para resolver problemas, gerar confiança e, no longo prazo, prevenir conflitos.
Militarmente, a Aliança Atlântica, como também é conhecida, está comprometida com a resolução pacifica de conflitos. Se fracassam os esforços diplomáticos, a entidade tem o poder militar para empreender operações de gestão de crise. Eles são conduzidos sob a cláusula de defesa coletiva do tratado que lhe deu origem – artigo 5° do Tratado de Washington ou sob um mandato das Nações Unidas. A ação pode ser individual ou em cooperação com outros países e organizações internacionais.
AliançA FM