Transexuais e travestis em situação de trabalho análogo à escravidão foram resgatadas em Uberlândia durante a 6ª fase da operação “Libertas”, desencadeada na terça-feira (15). Segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), elas estavam sofrendo exploração sexual e financeira.
As equipes do (Gaeco), MPT e auditoria fiscal do trabalho compareceram no endereço localizado na Avenida Minervina Cândida, 5750; Floriano Peixoto com a Cesário Alvim, dentre outros locais. Na fiscalização, foi encontrado um refrigerador onde eram mantidos, com cadeado, alimentos para venda às travestis e mulheres trans na Avenida Minervina Cândida.
“Nós chegamos à conclusão que existe um trabalho escravo em uma leitura contemporânea. As meninas, para trabalhar em Uberlândia, são obrigadas a ficar nesses alojamentos e chega ao ponto de ter geladeiras trancadas. Então, elas têm que comprar os alimentos que estão nesses locais”, comentou o promotor do Gaeco, Thiago Ferraz.
“Nós descobrimos que existem outras duas pessoas que permanecem explorando aqui fora o trabalho imprimido pela senhora que está presa. Então a partir de agora, se tirar um opressor do local e colocou outro, nós vamos tomar providência para que isso acabe em Uberlândia. Vamos tomar medidas judiciais, inclusive criminais contra essas pessoas”, afirmou.
As ações são realizadas em diversos pontos das cidades e contam com equipes do Ministério Público do Trabalho (MPT), do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e da auditoria fiscal do trabalho.
Três mandados de prisão e 11 de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Uberlândia. Um dos alvos da operação seria a ex-vereadora Pâmela Volp.
Os crimes em apuração são de associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio (tentado e consumado), constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.
AliançA FM