Os ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico-Norte (OTAN) estão reunidos, na sede da aliança militar, em Bruxelas, na Bélgica, nesta quarta (16), para discutir quais novas medidas devem ser tomadas, tendo em vista a violência da guerra entre Ucrânia e Rússia.
No encontro dos ministros, também serão levantadas formas de aumentar a segurança a longo prazo, além do prosseguimento de exercícios militares, fortalecimento de antimísseis e das defesas aéreas e marítimas e reforço da proteção de ataques cibernéticos .
Pouco antes da reunião começar, a Otan afirmou que continuará fornecendo armamento para a Ucrânia e que os EUA continuarão apoiando o país no conflito.
“A invasão russa na Ucrânia e sua integração militar com Belarus formam uma nova realidade de segurança no continente europeu. E nós devemos rever nossa posição militar diante desta nova realidade”, prosseguiu. Stoltenberg disse estar preocupado com a possibilidade de a Rússia organizar uma operação clandestina, sob bandeira falsa, para usar armas químicas e biológicas na Ucrânia.
O uso de armas químicas e biológicas é condenado por órgãos mundiais, pois podem provocar alta taxa de mortalidade e complicações aos seres vivos, oferecendo riscos à humanidade.
Mais cedo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reconheceu que o seu país não poderá integrar à OTAN, uma das exigências da Rússia para o cessar-fogo. “Ouvimos durante anos que as portas estavam abertas, mas também ouvimos dizer que não podíamos aderir. Esta é a verdade e temos que reconhecê-la”, declarou Zelensky. A OTAN vem apoiando a Ucrânia de diferentes maneiras, há anos. Desde a anexação da Criméia, em 2014, a aliança militar treina soldados e fornece armamentos e equipamentos militares, mas a adesão do país nunca esteve sob a mesa de negociações da organização.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky voltou a pedir à Otan uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia. “Se não fecharem o nosso espaço aéreo, é apenas uma questão de tempo para que os mísseis russos comecem a cair nos países da OTAN”, ressaltou Zelensky.
Até o momento, a OTAN e os países do Ocidente têm rejeitado o pedido do líder ucraniano argumentando que na prática isso poderia desencadear uma guerra mundial.
AliançA FM