Em agosto, as queimadas na Amazônia diminuíram 48%.
Em agosto, as queimadas na Amazônia diminuíram 48%.
Os dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apresentados nesta quinta-feira (31) mostram uma queda de 32% nos focos de calor na Amazônia no acumulado dos oito meses de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior . Este é o número mais baixo neste intervalo desde 2018, em particular.
O número de focos caiu 48% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano anterior; foram 17.373 focos de calor em agosto de 2023, em comparação com 33.116 em agosto de 2022. O Pará foi o estado com mais incidentes de fogo (38,7%), seguido por Amazonas (31,5%) e Rondônia (9,9%).
Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, afirma que a diminuição do desmatamento na Amazônia nos últimos meses reflete os esforços realizados para combater o desmatamento e as queimadas, o que também contribuiu para a redução dos focos de calor na região. Isso se deveao fato de que as queimadas são frequentemente o meio pelo qual o desmatamento é concluído.
Afirma que, de acordo com a postura do governo atual, que é bastante diferente da postura do governo Bolsonaro com sua agenda antiambiental, o governo atual ampliou as ações de comando e controle com aumento de multas e embargos para os desmatadores, seja na florestaou de forma remota, além da mudança de discurso na área ambiental.
No entanto, Batista sublinha que o momento continua em alerta. Não é o momento de relaxar, o verão na Amazônia continua bastante quente e com pouca chuva, e o El Niño promete diminuir as chuvas a partir de outubro. É necessário que as ações de comando e controle continuem, e os governadores que compõem o Consórcioda Amazônia Legal adotem o desmatamento zero como objetivo principal do grupo até 2030.
Os resultados da recuperação da luta contra o desmatamento e o fogo são um pouco de alívio depois de muitos anos de notícias tristes . No entanto, precisamos ainda nos concentrar em questões adicionais relacionadas à missão dedicada à preservação da Amazônia, dos seus habitantes e da sua biodiversidade. É essencial que a construção de soluções socioeconômicas viáveis para a região seja acelerada, superando o atual modelo econômico predatório, que concentra renda, produz desigualdade social e engole a floresta.