Economia: Inflação cai e gera expectativa sobre corte de juros

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Economia: Inflação cai e gera expectativa sobre corte de juros
A deflação de 0,08% registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho reforça a expectativa de corte na taxa básica de juros em agosto, mas afasta a ideia de que esta queda pode ser robusta.

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Economia: Inflação cai e gera expectativa sobre corte de juros
A deflação de 0,08% registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho reforça a expectativa de corte na taxa básica de juros em agosto, mas afasta a ideia de que esta queda pode ser robusta.

O dado de junho marcou o primeiro IPCA negativo em 2023. Por outro lado, veio levemente acima das expectativas do mercado financeiro, que projetava deflação de 0,10%.

Economista-chefe do Banco Master e professor de economia da FGV-SP, Paulo Gala destaca que o acumulado de 12 meses do IPCA (em 3,16%) coloca o dado dentro da meta de inflação (de 3,25%).

Ao considerar deflações registradas no segundo semestre de 2022 (que saem do acumulado anual conforme o ano de 2023 avança), a tendência é de que o dado aumente nos próximos meses.

Os juros altos já fizeram seu papel

O objetivo de qualquer banco central ao elevar os juros em um país é conter o avanço da inflação. Os Estados Unidos e a Europa vivem esse momento agora e o Brasil começou o seu ciclo de altas na Selic, taxa básica de juros, há cerca de dois anos — com a taxa do país saindo de 2% para 13,75% ao ano, patamar em que se encontra agora.

De acordo com Ariane Benedito, economista e RI da Esh Capital, os registros de uma inflação menor em 2023, abaixo das expectativas iniciais do mercado, são o resultado da estratégia de prolongamento do ciclo de aperto monetário adotado pelo BC, tendo em vista que as medidas adotadas pela instituição demoram um tempo até serem sentidas, de fato, pela população.

“A política monetária como ferramenta para controle de preços atinge a economia real com uma defasagem de 6 a 12 meses. Por isso, os resultados recentes da inflação brasileira remetem às decisões anteriores sobre a taxa de juros”, explica a economista.

 

Os juros mais altos tornam os processos de tomada de crédito e financiamento mais caros tanto para a população quanto para as empresas. Isso leva a uma redução no consumo dos brasileiros e, com menos demanda, os preços começam a cair — o que explica a desaceleração da inflação.

AliançA FM

 

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