O Conselho Regional de Farmácia (CRF) abriu neste mês uma investigação para apurar o caso de uma dona de clínica estética ré após ser denunciada pelo Ministério Público do Pará (MPPA) e indiciada pela Polícia Civil por lesão corporal conta pacientes. Ela é farmacêutica e está em liberdade à disposição da Justiça. Apesar da denúncia, o MPPA não solicitou suspensão profissional da acusada.
Ela é ré em processo após mulheres relatarem lesões sofridas em tratamento com enzimas redutoras em Capitão Poço, no Pará.
‘Elas foram submetidas a verdadeira sessão de tortura’, dizem advogadas.
Advogada relata que vítimas não usam biquíni por trauma após procedimento com enzimas.
O caso ocorreu em Capitão Poço na clínica de estética Face a Face que, segundo a denúncia, funcionava sem CNPJ, e sem licenças oficiais. O MP não pediu suspensão dela ao CRF por entender que, “em relação ao exercício profissional e qualquer suspensão cautelar, a responsabilidade fica por parte do conselho de classe da acusada”.
Quase dois anos depois, as pacientes ainda sofrem com problemas em decorrência da má aplicação de enzimas redutoras, por que, segundo elas, os nódulos que surgiram ainda inflamam e estouram, segundo a advogada Thayoná Miranda, uma das representantes das cinco vítimas. Segundo ela, o primeiro caso ocorreu em julho de 2020.
Depois de informada sobre os danos colaterais, a farmacêutica dona da clínica ainda chegou a prescrever medicações e tratamentos utópicos para amenizar o quadro, o que teria piorado ainda mais as feridas das vítimas.
Durante as investigações, a farmacêutica alegou que não era culpa de seu procedimento e sim de um lote errado enviado pelo laboratório PHD do Brasil. Ela responde em liberdade.
AliançA FM