Dieese: 46% dos reajustes salariais de abril foram abaixo do INPC

Dieese: 46% dos reajustes salariais de abril foram abaixo do INPC

 

O porcentual de reajustes abaixo da inflação ficou em 46% do total, permanecendo em patamar elevando. No acumulado do ano, houve ligeira piora em relação a março: 40,8% dos reajustes salariais ficaram abaixo do INPC, 31,6% foram iguais à inflação e 27,6% obtiveram ganhos acima da inflação acumulada.

Abril foi o mês que teve a menor proporção de reajuste de salários com ganhos reais neste ano, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apenas 8% dos reajustes foram acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a segunda menor proporção nos últimos 15 meses (acima apenas de novembro).

Dieese: 46% dos reajustes salariais de abril foram abaixo do INPC

O total de reajustes abaixo da inflação no mês de abril ficou em 46%. Outros 46% tiveram aumento salarial proporcional ao INPC, e 8% tiveram reajuste superior ao índice. Foram abordados 163 casos. Eis a íntegra (229 KB) do levantamento, com dados coletados até o mês de abril.

Já a variação média real (descontando a inflação) foi de -0,76%, resultado abaixo do registrado em março, mas ligeiramente superior do contabilizado em fevereiro. Todas as últimas 15 datas-base (analisadas de fevereiro de 2021 a abril de 2022) apresentaram variação real negativa.

“As médias negativas refletem o peso dos resultados abaixo do INPC-IBGE, que superam em grandeza os ganhos dos reajustes acima do índice inflacionário. Os reajustes abaixo do INPC-IBGE de abril foram, em média, equivalentes a apenas 83% do valor necessário para a recomposição plena dos salários”, disse o Dieese. O departamento também afirma que os números podem sofrer alterações conforme as negociações para essas datas-base sejam concluídas.

O comércio teve 67% dos reajustes iguais ou acima da inflação entre as negociações analisadas de janeiro a abril. O setor industrial vem em seguida com 64% dos casos. Por outro lado, em relação aos aumentos reais, a indústria está à frente do comércio: 29,4% e 17,1%, respectivamente.

AliançA FM

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