Dias quentes, secos e com fogo mais que triplicam na Amazônia
Dias quentes, secos e com fogo mais que triplicam na Amazônia
Nova pesquisa revela que a quantidade de dias com essas condições simultâneas cresceu significativamente em várias regiões de toda a América Latina, em especial no Pantanal e no norte da Amazônia brasileira. Mudanças climáticas são o fator-chave.
A América do Sul está ficando mais quente, seca e inflamável. Isso é o que mostra um novo estudo publicado nesta quinta-feira (25) na prestigiada revista científica “Communications earth & environment“.
E por trás desse aumento, há uma explicação clara: as mudanças climáticas. Ainda segundo a pesquisa, é esse o processo que está intensificando os períodos de seca e aumentando a temperatura no subcontinente, resultando em condições mais propensas a incêndios florestais em várias regiões.
No estudo, que traz números até 2022 (entenda mais abaixo), os pesquisadores analisaram dados de temperatura, precipitação e ocorrência de incêndios nos últimos 40 anos em toda a América do Sul e encontraram evidências de que esses eventos se tornaram mais frequentes e severos, especialmente no norte da Amazônia, no nordeste do Gran Chaco (que abrange o Pantanal) e na região do Lago Maracaibo, na Venezuela.