Descoberta pode iniciar a era dos remédios antienvelhecimento

Uma pesquisa na China conseguiu reverter o envelhecimento em ratos. Os pesquisadores conseguiram estender em até quatro meses a vida dos animais e com qualidade, já que eles tiveram melhora na capacidade cognitiva e física.

A pesquisa foi publicada na revista Nature, um dos principais periódicos científicos, e pode marcar o início do desenvolvimento de medicamentos antienvelhecimento, explicam os pesquisadores.

O tratamento descrito atua em uma das principais características do processo de envelhecimento: a senescência celular, um estágio em que as células perdem a capacidade de se replicar, marcando o envelhecimento.

À medida que as pessoas envelhecem, mais células entram em senescência e liberam substâncias químicas chamadas citocinas, que podem desencadear inflamações. Isso reduz a capacidade do corpo de combater doenças e se recuperar, além de estar associado a condições como câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e perda da capacidade cognitiva.

No estudo, os pesquisadores focaram em uma molécula chamada miR-302b, que pode ajudar a retardar o processo de envelhecimento. Trata-se de um microRNA, um pequeno fragmento de RNA não codificado, envolvido na regulação genética. Para isso, utilizaram células-tronco embrionárias humanas cultivadas em laboratório.

Nos testes, foram utilizados camundongos vivos com idades entre 20 e 25 meses, equivalentes a cerca de 60 a 70 anos em humanos. Eles foram divididos em três grupos: o primeiro recebeu exossomos humanos normais, o segundo, exossomos carregados com miR-302b, e o grupo de controle recebeu apenas soro. Os testes foram realizados ao longo de dois anos.

Os ratos que receberam os tratamentos em vez da solução salina viveram cerca de 4 meses a mais, em média.

Além disso, eles recuperaram o cabelo que havia se tornado ralo, atingiram um peso maior, conseguiram se equilibrar em uma haste giratória por mais tempo, entre outros resultados positivos em testes de capacidade física.

Fonte: G1

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