Flagrado manuseando maços de dinheiro em um vídeo gravado no seu escritório político, o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL) pode estar envolvido em esquema de corrupção que envolve emendas parlamentares. A informação foi confirmada pela Polícia Federal (PF) e o flagrante foi feito em outubro do ano passado.
O vídeo, porém, só foi divulgado pela revista Crusoé somente nesta sexta-feira, 3, onde é possível ver o deputado manuseando maços de dinheiro.
Apesar das imagens apreendidas, nenhuma medida além das ações de busca e apreensão foi adotada até o momento, e o deputado segue no mandato. Ele, porém, publicou uma nota na última terça-feira, 30, nas suas redes sociais, confirmando que a PF esteve em um escritório que não o pertence mais.
Filiado ao mesmo partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, o parlamentar é um fiel escudeiro do presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto, e esteve no evento de filiação do presidente da República na última terça-feira, 30. Mesmo dia das ações da PF.
Esta foi a segunda vez que o liberal foi alvo de operação da Polícia Federal. O objetivo, agora, era coletar provas da suposta participação no esquema de desvio de milhões de reais em verbas federais destinadas às áreas de saúde e obras públicas.
O deputado é ex-prefeito do município de Maranhãozinho e, hoje, lidera o diretório maranhense do Partido Liberal. Depois de dois mandatos como deputado estadual, foi eleito para uma cadeira no Congresso Nacional com votação recorde e pode ser candidato ao governo do estado no próximo ano. O parlamentar, inclusive, segue sua pré-campanha ao Governo do Maranhão.
Maranhãozinho é o protagonista de pelo menos duas investigações que transitam no Supremo para apurar o esquema de compra e venda de emendas parlamentares em funcionamento no Congresso. Além dele, um senador da República e outros dois deputados federais são investigados. Ele também é suspeito de pagar para que colegas parlamentares se juntem a ele no desvio de emendas a municípios controlados por seus aliados políticos que contratam empresas ligadas ao esquema logo após receberem as verbas, para devolver o dinheiro lavado e em espécie.
Em nota nas redes sociais, o deputada disse que a Polícia Federal esteve no escritório político que não o pertence e na casa da prefeita de Zé Doca, Josinha Cunha (PL), para colher documentos referentes a uma investigação que está acontecendo em sigilo e que, segundo o liberal, não deveriam ser divulgadas (veja o pronunciamento abaixo).
“Encaro com naturalidade e tranquilidade, pois não há absolutamente nenhum fato novo e tudo será devidamente esclarecido pela Justiça”, disse o político em nota.
AliançA FM
Com informações da Revista Crusoé e do Jornal Metrópoles
Por Dayrel Godinho