De acordo com Walter Delgatti, uma equipe de Bolsonaro sugeriu forjar uma invasão de uma urna eletrônica

De acordo com Walter Delgatti, uma equipe de Bolsonaro sugeriu forjar uma invasão de uma urna eletrônica O hacker Walter Delgatti, preso

De acordo com Walter Delgatti, uma equipe de Bolsonaro sugeriu forjar uma invasão de uma urna eletrônica O hacker Walter Delgatti, preso


PARA SABER DAS NOSSAS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO CLIQUE NO ÍCONE ABAIXO PARA ENTRAR NO NOSSO GRUPO DO WHATSAPP👇🏼

De acordo com Walter Delgatti, uma equipe de Bolsonaro sugeriu forjar uma invasão de uma urna eletrônica
O hacker Walter Delgatti, preso por invasão do sistema judicial, foi ouvido pela CPI dos Atos Golpistas nesta quinta-feira (17). Ele denunciou Jair Bolsonaro. Afirmou que o então presidente incentivou a divulgação de informações erradas sobre as urnas eletrônicas. Delgatti não forneceu provas.

Ao chegar à CPI com uma liminar do STF para permanecer calado, Walter Delgatti disse que responderia às perguntas da CPI. Ele recebeu uma convocação porque se tornou uma parte importante das discussões sobre uma tentativa de fraude eleitoral de 2022.

Em 2019, Delgatti invadiu o celular de policiais da Operação Lava Jato. Em junho de 2022, ele foi preso novamente por descumprir medidas cautelares, incluindo a retenção de acesso à internet.

Naquele momento, ele disse à Polícia Federal que voltou a trabalhar na internet porque foi contratado para administrar as redes sociais e o site da deputada Carla Zambelli do PL.

Em julho, a Justiça concedeu permissão a Delgatti para responder ao processo sem restrições. No entanto, no início de agosto, ele foi novamente preso durante uma operação da Polícia Federal que investiga uma invasão de computadores do Poder Judiciário.

A PF foi derrotada por Delgatti que, por ordens de Zambelli, executou um mandado de prisão falso para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no sistema do Conselho Nacional de Justiça e que recebeu R$ 40 mil de deputada e assessores delapara tentar invadir o sistema judiciário.

Na quinta-feira (17), Walter Delgatti afirmou na CPI que, a pedido de Zambelli, participou de uma reunião na sede do PL em 2022. Nessa reunião, o marqueteiro do partido, Duda Lima, pediu que ele criasse um código falso para usar em uma urna eletrônica habilitada. O objetivo era mostrar propaganda enganosa no dia 7 de setembro, um mês antes das eleições, alertando sobre a possibilidade de fraude eleitoral.

Delgado: Eles queriam que eu criasse meu próprio código-fonte, não o do oficial do TSE, e inserisse essas linhas que eles chamam de código malicioso porque ele visa enganar e colocar dúvidas nas negociações. Portanto, eu criaria meu próprio código, uma ideia do Duda.
“Ou seja, não seria um código-fonte?”
Delgatti afirmou: “Do TSE, não”.
Elezane Gama: “Seria alguma coisa falsa, manipulada, sua”.
Delgatti: “Exatamente, feita exatamente para demonstrar… Ele queria dizer que os votos poderiam ter sido manipulados.

Delgatti disse à CPI o que já havia dito à PF: que não conseguiu invadir o TSE, apesar de várias tentativas, porque o código fonte da urna eletrônica fica em um computador offline, não conectado à internet.

A CPI foi recebida por Walter Delgatti que, após receber um pedido do ex-presidente Bolsonaro para tentar fraudar as urnas eletrônicas, se reuniu com ele no Palácio da Alvorada. Bolsonaro teria ordenado que ele se dirigisse diretamente para o Ministério da Defesa do Alvorada.

A reunião com Jair Bolsonaro ocorreu no dia 10 de agosto de 2022 e durou aproximadamente uma hora e meia, segundo Delgatti. O cronograma oficial do ex-presidente não incluía uma reunião com Delgatti.

 

“Sobre as urnas e sobre a eleição, e sobre a lisura das urnas. E a conversa foi bem técnica, até que o presidente me disse, falou assim: ‘Olha, a parte técnica eu não entendo, então, eu irei enviá-lo ao Ministério da Defesa e lá, com os técnicos, você explica tudo isso’. A conversa se resumiu nisso. E também, ele pediu que eu fizesse o que o Duda havia dito sobre o dia 7 de setembro”, disse Delgatti à CPI.

 

Delgatti afirmou que esteve cinco vezes no Ministério da Defesa; que se encontrou, inclusive, com o então ministro Paulo Sérgio Nogueira; e afirmou que o relatório do ministério sobre as urnas eletrônicas entregue ao Tribunal Superior Eleitoral no dia 9 de novembro de 2022 foi feito a partir de orientações dadas por ele.

“Eu posso dizer hoje que, de forma integral, aquele relatório tem exatamente o que eu disse, não tem nada menos e nada mais”, afirmou o hacker.

Demais entidades fiscalizadoras, como o Tribunal de Contas da União e uma Ordem dos Advogados do Brasil, concluíram que o processo eleitoral é seguro e imune a vícios. Portanto, os questionamentos no relatório do Ministério da Defesa contrariam diretamente esses . Numerosos observadoresinternacional confirmaram a emissão do processo eleitoral brasileiro.

Diante das declarações, a relatora da CPI, Eliziane Gama, do PSD, classificou o depoimento como bombástico.

“Presidente, eu quero finalizar e dizer que o depoimento de hoje é um depoimento muito importante para os trabalhos desta CPMI. Bombástico, como o senhor coloca. As informações que são trazidas a esta comissão são informações absolutamente sérias e são informações que estão em torno do ponto central desta CPMI, que é exatamente o questionamento do resultado eleitoral, a tentativa de emplacar uma vulnerabilidade e a busca de pessoas que já tinham histórico em relação à invasão, para que legitimasse, claramente, uma narrativa que é incompatível com a realidade em relação ao processo da segurança eleitoral”, disse Eliziane Gama.

Durante o depoimento, a reunião do dia dez foi mencionada várias vezes. Os deputados desejavam que o hacker fornecesse mais detalhes sobre a adesão do ex-presidente. Uma equipe de Bolsonaro  Uma equipe de Bolsonaro  Uma equipe de Bolsonaro 

Duarte Jr: “O senhor afirmou que teve contato, teve relação, tomou café da manhã, teve reuniões com o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro e, nessa reunião, ele o contratou para fraudar a urna, para fraudar o processo eleitoral. O senhor pode me confirmar essa afirmação?”
Delgatti: “Sim, confirmo.”

O encontro de Delgatti com o ex-presidente foi confirmado à tarde pelo senador do PL, Flávio Bolsonaro. Jair Bolsonaro já havia confirmado uma reunião.

“A conversa com o Seu Walter era exatamente para que ele demonstrasse os seus conhecimentos, para que fosse oficialmente instruído o TSE sobre possíveis vulnerabilidades das urnas eletrônicas. Foi só isso”, disse Flávio Bolsonaro.

 

O hacker se recusou a responder às perguntas feitas por ele e outros parlamentares de oposição.

Delgatti também disse em uma outra conversa que teria ouvido de Jair Bolsonaro que estrangeiros estavam grampeando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Bolsonaro solicitou que ele assumisse a autoria do crime, de acordo com Delgatti.

O hacker disse que não sabia se o grampo era real e que não conseguiu acessar nenhum material. Não há comprovação de um grampeamento ilegal do ministro Moraes.

 

AliançA FM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *