A cuidadora de idosos Cintia Ribeiro Barbosa, de 38 anos, que foi morta durante o trabalho em uma casa no Setor Cidade Jardim, em Goiânia, era mãe de quatro filhos e tinha completado 10 dias de casamento quando ocorreu o crime. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o suspeito é o colega dela, Marcelo Junior Bastos Santos, que confessou e contou detalhes do assassinato em depoimento. Para o marido de Cíntia, o construtor Nathanael da Silva, de 50 anos, ficou apenas a saudade.
A Defensoria Pública informou que representou o suspeito do crime na audiência de custódia realizada na quarta-feira (6) e que não comentará o caso. Marcelo poderá optar por contratar um advogado particular ou manter a representação da defensoria ao longo do processo criminal.
No dia do crime, Nathanael lembra que deixou Cintia na porta da residência, como fazia todos os dias. “Nos despedimos com um beijo e fui embora. Na hora do almoço, a minha enteada tentou ligar para mãe, como era de costume, e não conseguiu falar, daí ela me ligou, e, por volta das 14h, fui lá e encontrei apenas a filha do casal irritada, pois achava que a Cintia tinha faltado”, relata.
Sem notícias de Cintia, Nathanael ressalta que ele passou a ser o suspeito do desaparecimento dela. “Com isso, tivemos a ideia de procurar nas câmeras de particulares da rua, mas muita gente não quis fornecer as imagens, com medo de se complicarem por algum motivo. Então, a única que conseguimos, graças a Deus, foi a principal que nos ajudou, pois fica de frente com a casa”, detalhou.
Nathanael cita que conseguiu as cenas apenas na terça-feira (5), um dia após a morte de Cintia. “Puxamos a imagem que mostrou quando eu deixei ela lá, mostrou a hora que ela entrou e quando o rapaz fecha o portão, olhando para um lado e outro para ver se não via ninguém”, descreveu.
Após ser preso, Marcelo Junior confessou ter assassinado a cuidadora de idosos estrangulada. Para a polícia, ele alegou que Cintia recusou um beijo dele e no interrogatório, o homem detalhou como matou a vítima.
O assassinato aconteceu na segunda-feira (4) e o corpo da vítima foi encontrado na terça-feira (5), ao lado da casa onde ela trabalhava. A delegada responsável pela investigação, Laura Soares, da Central de Flagrantes, Laura ressaltou que o suspeito chegou a pedir uma pá a um vizinho, o que levantou suspeitas de crime e levou a polícia a acionar a Delegacia de Homicídios.
Assim, o caso passou para o delegado Carlos Alfama. Durante a investigação, a polícia encontrou sinais de terra remexida no quintal da residência onde Cíntia trabalhava, e a cerca elétrica estava deformada. O corpo foi encontrado jogado na casa vizinha. O suspeito foi identificado a partir das imagens das câmeras de vigilância da região.
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