Crédito consignado para beneficiários de programas sociais segue para sanção

Crédito consignado para beneficiários de programas sociais segue para sanção

 

Senado aprovou uma medida provisória que causou preocupação em quem estuda os indicadores sociais no Brasil. Segundo especialistas, a medida pode estimular o endividamento ainda maior da população mais vulnerável

A votação da medida provisória não estava prevista na sessão desta última quinta-feira (7) do Senado. A três meses da eleição, foi incluída na pauta e aprovada em poucos minutos.

O relator, senador Davi Alcolumbre, do União Brasil, disse que ela vai facilitar o acesso ao crédito das famílias mais pobres.

“Estamos ampliando para os beneficiários dos programas sociais do governo a possibilidade de acessarem um crédito muito mais barato em uma instituição financeira regularizada através do Banco Central do Brasil”, afirmou Alcolumbre.

O senador Humberto Costa, do PT, criticou a aprovação da medida: “O ideal seria que nós tivéssemos outras ações para geração de empregos, para controle da inflação. Isso é o que a gente está precisando.”

A medida provisória estava em vigor desde marco, quando foi editada pelo presidente Jair Bolsonaro. No Congresso, os parlamentares aprovaram a MP e aumentaram o limite para o empréstimo consignado.

O texto elevou de 35 para 40% o limite para o empréstimo consignado de empregados com CLT, servidores públicos ativos e inativos e pensionistas.

Já para os aposentados da Previdência, o limite de comprometimento da renda com o empréstimo aumentou de 40% para 45%.

Pela primeira vez, os beneficiários do BPC, o Benefício de Prestação Continuada, poderão pedir empréstimo consignado. A parcela do auxílio comprometida também pode chegar a 45%. A MP incluiu, ainda, pela primeira vez, quem recebe o Auxílio Brasil. Esses cidadãos poderão fazer empréstimos de até 40% do valor que recebem de benefício.

O texto segue agora para a sanção presidencial. Se Bolsonaro sancionar, vai virar lei. O governo estima que o novo pacote vai injetar R$ 77 bilhões na economia.

AliançA FM

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