Cota não é privilégio: campanha do MPT busca promover igualdade

Com o slogan “Cota não é privilégio. Inclusão é um direito”, os vídeos estimulam a empatia para reforçar a importância das ações afirmativas

Brasília, 03 de agosto de 2020 – Não é preciso ser uma pessoa negra, indígena, mulher, LGBTQI+, imigrante, uma pessoa com deficiência, idosa, entre outros, para defender mecanismos que permitam uma maior inclusão social desses grupos e combatam a discriminação no trabalho. Com o objetivo de reforçar a importância das ações afirmativas, tem início hoje, 3 de agosto, uma campanha do Ministério Público do Trabalho que alerta: “Cota não é privilégio. Inclusão é um direito.”

A série de vídeos conta com diferentes procuradoras e procuradores do MPT, incluindo o procurador-geral do Trabalho, Alberto Balazeiro, e a vice, Maria Aparecida Gugel, que esclarecem sobre o papel das cotas e outras ações afirmativas previstas em lei como forma de reparar injustiças e promover a igualdade de oportunidades no país.

“A ideia é estimular a empatia com uma espécie de ciranda da inclusão, já que os argumentos de cada personagem, na verdade, são para defender a cota de outro grupo, e assim por diante”, conta a procuradora Adriane Reis, coordenadora nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), do MPT.

Mesmo com mais da metade da população brasileira (55,8%) sendo negra, essas pessoas correspondem a 64% dos desempregados no país, como mostra o estudo “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça”, publicado em novembro de 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o último censo do IBGE sobre pessoas com deficiência, realizado em 2010, o Brasil também possui mais de 45 milhões de PcDs e, no entanto, emprega menos de 1% dessa parcela da população. O próximo censo sobre o assunto deve acontecer agora em 2020.

Para a coordenadora nacional da Coordigualdade, “o país ainda precisa fortalecer políticas públicas inclusivas e ampliar a fiscalização do cumprimento dessas cotas, tão importantes para o respeito à diversidade e a criação de oportunidades de trabalho digno, permitindo ainda o acesso dessas pessoas às diferentes funções e carreiras”.

MPT.

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