No Brasil, a Copa América ocorre há apenas 4 dias e sem público e 53 casos de covid-19 já foram confirmados, enquanto que na Euro apenas um jogador testou positivo para a doença.
A discussão sobre a presença de público nos estádios de futebol ainda persiste, e com competições em andamento em várias partes do mundo, a preocupação com a saúde dos envolvidos no grande espetáculo é o motivo pelo qual a Eurocopa, por exemplo, até o momento, apresenta apenas 1 caso positivo da covid-19. Tal fato, vai na contramão da Copa América, disputada no Brasil, que tem 53 casos positivos da doença.
A pandemia do novo coronavírus, justamente, forçou o adiamento das duas competições que seriam disputadas no ano passado. A Eurocopa teve início no dia 11 deste mês, enquanto a Copa América começou dois dias depois, e inúmeras diferenças entre as duas, em meio ao cenário de pandemia, é possível de identificar.
Turquia e Itália configuraram o espetáculo na primeira rodada da Euro no Estádio Olímpico de Roma, na Itália, com direito a uma cerimônia de abertura considerada histórica quanto a edição em jogos, com show de Andrea Bocelli, show pirotécnico. Por fim, o grupo U2 e o DJ Martin Garrix cantaram virtualmente a música oficial da Eurocopa em 2020/21, a “We Are The People”, para um público de 17mil pessoas.
Na última terça-feira (15), a partida entre Hungria e Portugal, onde deu os Lusos por 3 a 0, o público presente passou dos 55 mil pagantes na Puskas Arena em Budapeste.
No Brasil, a abertura da Copa América, nem fogos de artifício teve. O “espetáculo” ficou por conta de Brasil e Venezuela jogarem os 90′ sem público algum no domingo (13).
PROTOCOLOS
Considerado rígido, o extenso Protocolo da Covid-19 da Eurocopa enumera regras que são seguidas à risca. Entre as regras estão: manter distância de pelo menos 1,5 metros em relação aos outros adeptos; chegar ao estádio dentro do horário de entrada de 30 minutos atribuído; ficar no lugar durante o intervalo e limitar ao mínimo as deslocações;
Para as seleções, teste devem ser feitos antes de cada jogo e os resultados devem sair até seis horas antes da hora do pontapé de saída. Todas as equipes devem ficar em “bolha” durante o torneio, isto é, reduzir ao máximo o contato com o exterior e limitar o número de integrantes da comitiva a jogadores, “staff” e pessoal indispensável, entre outras regras.
O protocolo de segurança para a Copa América prevê regras para cada momento da permanência das equipes, desde a chegada no Brasil até o retorno aos países de origem. Os atletas devem permanecer nos hotéis onde estiverem hospedados e não podem deixar o local, a não ser para os treinos e partidas.
Os jogadores também precisam passar por testes de Covid-19 a cada dois dias. Na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, minimizou a ocorrência de casos positivos da doença entre membros das delegações estrangeiras.
“Faz parte. Se não tivermos possibilidade de casos positivos, não teríamos protocolos rigorosos”, disse.
O fato é que as cenas de estádios lotados na Euro, por motivos muito óbvios, ainda é algo bem distante da realidade do torcedor brasileiro e parece que assim será por mais tempo, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro já avisou que o projeto “Turismo da Vacina”, que tramita no Congresso, e daria acesso a pessoas imunizadas ou negativadas para o coronavírus, será vetado por ele.
Fonte: Diário Online
