Consumo diário do açaí cresceu quase 90% no Brasil inteiro em uma década

O consumo diário do açaí cresceu no país inteiro no período de dez anos. Segundo dados sobre o consumo alimentar no Brasil, divulgados nesta sexta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o produto apresentou uma alta de 86%.  

O item que teve o maior aumento na frequência diária de consumo foi o adoçante, cuja presença na mesa brasileira teve alta de 9,1% em dez anos – passou de 0,1% dos domicílios para 9,2% entre 2009 e 2018. Alem disso, aumentou em 11% o consumo diário de aves, 21% de pizzas, 33% de outras carnes, 35% de salada crua, 38% de salgadinhos tipo chips, 58% de sanduíches, 52% de feijão de corda ou verde 68%   De acordo com a pesquisa, entre 2017 e 2018, em 75,3% dos domicílios houve consumo diário de arroz, enquanto o feijão esteve presente na mesa de 59,9% dos lares.

Dez anos antes, estes percentuais eram de, respectivamente, 84,1% e 73% – uma queda de 10% do consumo diário de arroz e de 18% de feijão.   No mesmo período, caiu em 12% o consumo diário de ovos, em 21% de pão de sal (pão francês ou careca), em 22% de carne bovina, em 38% de tomate (comum ‘vilão da inflação’ do país) e em 50% de leite integral. Dentre as frutas, caiu em 24% a ingestão de melancia, 30% de abacaxi e 40% de laranja.  

Levantamento  

A pesquisa aponta, ainda, uma perda de qualidade nutricional na alimentação do brasileiro. Em uma década, caiu o consumo de produtos in natura ou minimamente processados, como frutas e vegetais, enquanto aumentou a frequência de ingestão de alimentos processados e ultra processados, como pizzas, salgadinhos e adoçante.  

O levantamento foi realizado entre 2017 e 2018 por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Foram realizadas entrevistas em 57,9 mil domicílios, sendo que 20,1 mil pessoas foram selecionadas para responder ao bloco de consumo alimentar em duas entrevistas.

De acordo com o IBGE, quem respondeu a essa parte do questionário precisou registrar todos os alimentos consumidos, com suas respectivas quantidades, durante 24 horas.  

Além de identificar a queda no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, o IBGE apontou que o brasileiro manteve o hábito de adicionar açúcar em bebidas e alimentos e colocar sal em preparações prontas.  

A pesquisa mostrou, também, que houve queda no consumo diário de gorduras saturadas, que passou da média de 20,7 gramas por dia em 2009 para 19,7g em 2018 – queda de 1g no período.   Fonte: G1

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