Congresso fará diligência acompanhar caso Moïse no RJ

MP denuncia homens por homicídio de congolês em quiosque do Rio

O presidente da comissão, deputado Carlos Veras (PT-CE), reforçou a necessidade de esclarecer se o crime foi motivado por racismo ou xenofobia. Veras e o 1º vice-presidente, Orlando Silva (PCdoB – SP) demandaram em caráter de urgência a apuração da morte de Moïse ao governador Cláudio Castro (PL).

“A morte de Moïses escancara o racismo estrutural ainda presente na sociedade brasileira. É lamentável ver que alguém que fugiu da violência em um país em guerra buscando uma vida melhor no Brasil tenha sido tão covardemente agredido e morto”, lamentou o presidente da comissão.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que está adotando de forma célere todas as providências cabíveis ao caso e que já obteve junto à Justiça a prisão temporária dos três homens flagrados por câmeras de segurança espancando o jovem congolês.

Ao menos 12 pessoas já prestaram depoimento à Polícia Civil. O mais recente depoimento foi do policial militar apontado pelos agressores como dono do quiosque onde a vítima trabalhava e a irmã dele, gerente do estabelecimento. A defesa do policial negou o fato.

O escritório para Direitos Humanos da ONU declarou que considera “chocante” o assassinato de Moïse Kabagambe.

O representante do Escritório de Direitos Humanos da ONU para a América do Sul, Jan Jarab, disse que o Brasil deve “garantir que este crime não fique impune”. “Dados sobre vítimas de homicídio no Brasil indicam que afrodescendentes são afetados desproporcionalmente por essa violência”, disse o diretor regional das Nações Unidas.

AliançA FM

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