Na tarde deste domingo (28), o soldado da PM Wesley Soares passou cerca de quatro horas dando tiros para o alto. Com a cara pintada de verde e amarelo e gritando palavras de ordem A situação ocorreu no Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos de Salvador.
A Polícia tentou negociar a rendição do soldado, mas enfrentou dificuldades, pois o mesmo parecia está em situação de transtorno mental. Após erguer um fuzil e atirar contra os colegas da PM, que negociavam sua rendição, o soldado foi atingido por tiros disparados pelos policiais. Ele chegou a ser socorrido por uma ambulância e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A morte do soldado causou a indignação de alguns colegas da corporação. O Comandante da Polícia Militar da Bahia, Coronel Paulo Coutinho, esclareceu que “a PM só atirou contra o soldado após ter sido alvo de disparos de uma arma de alta letalidade.” Ainda segundo o comandante ‘as equipes que conduziram a negociação seguiram os protocolos internacionais de gerenciamento de crise.’
Indignados alguns policiais fizeram manifestação condenando a ação da corporação no caso. Eles prometem fazer uma carreata nesta quarta-feira (31) para protestar contra a morte do soldado e pedem o afastamento do comandante Paulo Coutinho. Os policiais também exigem que seja derrubado o decreto do governador do estado, Ruy Costa, sobre o toque de recolher e o fechamento do comércio não essencial. Segundo eles o soldado morto protestava contra o fato de ter que atuar para o cumprimento do decreto, exigindo que comerciantes fechem os estabelecimentos e pessoas saem na rua após o horário do toque de recolher.
Fonte: Agência Rádio Web
Reportagem de: Aline Costa