Ciclone no RS: Defesa Civil do RS e prefeitura de Rio Grande divergem sobre número de mortos
Ciclone no RS: Defesa Civil do RS e prefeitura de Rio Grande divergem sobre número de mortos
A prefeitura de Rio Grande, na região sul do Estado, publicou nesta sexta-feira (14), nas redes sociais, uma nota de pesar pela morte de quatro moradores. A publicação atribui os óbitos à passagem do ciclone extratropical pela cidade, divergindo das informações oficiais da Defesa Civil estadual.
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No entendimento da Defesa Civil do RS, apenas o falecimento de um idoso tem relação direta com o fenômeno climático. Danilo Francisco Porciúncula da Silva completaria 68 anos em outubro. Ele estava dentro de casa, no bairro Maria dos Anjos, quando uma árvore de grande porte caiu. A vítima não resistiu aos ferimentos.
A divergência entre as instâncias municipal e estadual está relacionada a um incêndio ocorrido no fim da tarde de quinta-feira, na mesma cidade, mas no bairro São Miguel.
Uma mulher de 27 anos, além de duas crianças de dois anos — segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Rio Grande, tenente Rogério Colares, um filho e um enteado dela — morreram em meio às chamas. A suspeita é de que o fogo tenha se espalhado a partir de uma vela usada para iluminar a residência.
Outras duas crianças, ambas de sete anos, também um filho e um enteado da mulher, foram socorridas por policiais
Divergência
Embora o incêndio tenha, provavelmente, sido iniciado por uma vela acesa em uma casa sem energia elétrica, a Defesa Civil do RS não considera que as mortes tenham sido causadas pelo ciclone que atingiu o Estado. A prefeitura de Rio Grande e a Defesa Civil municipal, no entanto, têm entendimento contrário.
De acordo com a assessoria de imprensa do município, as mortes foram vinculadas ao ciclone, ainda que indiretamente.
— O incêndio foi causado por velas que foram acesas devido à falta de energia elétrica, uma consequência do ciclone. As velas acabaram causando um acidente que levou ao óbito de três pessoas — explicou uma das fontes consultadas pela reportagem de GZH.
Momentos distintos
O coordenador da Defesa Civil da Região Sul, tenente-coronel Márcio André Facin, avalia que a discordância tem por base dois pontos de vista técnicos distintos, mas legítimos:
— Para efeitos de cômputo, existe apenas uma diferença nas metodologias de registro. Nós, da Defesa Civil estadual, estamos considerando as mortes que ocorreram no momento de atuação do ciclone. Por isso, estamos computando que, naquele período, foi registrada apenas uma morte. Já a Defesa Civil de Rio Grande também está contabilizando os óbitos provocados após a passagem do ciclone, quando as consequências, nesse caso a falta de luz, ainda eram registradas na localidade. Ciclone no RS
O coordenador regional reforça que, acima de qualquer discussão sobre números, a morte de mãe, filho e vizinho deve ser lamentada.
— Também nos entristecemos muito com o fato de duas crianças terem ficado sem a sua mãe. Isso é algo bastante significativo pra nós — diz Facin. (Com informações GZH)
AliançA FM