Após encontrar duas caixas-pretas do Boeing 737-800 que caiu no Sul do país, matando as 132 pessoas a bordo, autoridades da China continuam procurando por destroços do avião, imagens e relatos de testemunhas da tragédia.
O 737-800 tem um bom histórico de segurança e é o antecessor do modelo 737 MAX, que está parado na China há mais de três anos após acidentes fatais em 2018 na Indonésia e 2019 na Etiópia.
“Investigações de acidentes aéreos em larga escala que dependem apenas de dados fornecidos pelas caixas-pretas são muitas vezes insuficientes para dizer toda a verdade sobre o incidente. Enquanto examinamos os dados das caixas-pretas, estamos fazendo nosso máximo esforço para coletar o máximo possível de destroços do avião e mais imagens e relatos de testemunhas” disse Zhu Tao, chefe do escritório de segurança da Administração de Aviação Civil do país.
Zheng Xi, chefe do Corpo de Bombeiros e Resgate de Guangxi disse que, até o momento, mais de 15 mil funcionários de equipes de resgate e busca foram enviados ao local.
O voo MU5735 tinha como destino a cidade portuária de Cantão após a decolagem em Kunming, capital da província de Yunnan, no Sudoeste. Conforme a plataforma de monitoramento Flightradar24, pouco mais de uma hora após decolar, o avião “de repente começou a perder altitude muito rapidamente”. O Boeing estava a 29.100 pés quando, em pouco mais de um minuto, desceu mais de 21 mil pés.
O caso chamou a atenção de especialistas de aviação porque acidentes com aeronaves deste modelo são raros, ainda mais na fase de cruzeiro do voo — entre o final da subida da aeronave e o início da descida no aeroporto de destino. O histórico de segurança do setor aéreo da China também figura entre os melhores do mundo na última década.
AliançA FM