O caso do assassinato brutal de um homem no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe ganhou os noticiários mundialmente. O caso ocorreu na última quarta-feira (25), por coincidência, no mesmo dia em que o assassinato do homem negro George Floyd por policiais brancos nos EUA completava dois anos.
Os três policiais rodoviários federais envolvidos na ação que revoltou a opinião pública tiveram seus nomes revelados pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, na noite de domingo (29). Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia são os três agentes que aparecem nas imagens gravadas por populares abordando Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, que fazia tratamento psiquiátrico.
Posição da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
A Polícia Rodoviária Federal, assim que o caso veio à tona, informou que os agentes empregaram “técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo” para conter Genivaldo, mas, após a repercussão mundial das cenas e três dias depois do ocorrido, mudou de posicionamento, onde passaram a afirmar que não compactuam com as medidas adotadas durante a abordagem e que este seria um caso isolado.
“Os procedimentos vistos durante a ação não estão de acordo com as diretrizes expressas em cursos e manuais da nossa instituição”, disse Marco Territo, coordenador geral de comunicação institucional da PRF.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem cobrado a prisão cautelar de Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia, os quais foram afastados do serviço pela PRF. A Organização das Nações Unidas (ONU) também se posicionou e pediu uma “investigação célere e completa”.
O caso é investigado pela Polícia Federal de Sergipe e o prazo de conclusão do inquérito é de 30 dias.
AliançA FM