O aumento de casos de Covid-19 causados pela variante ômicron e seus diferentes reflexos no organismo humano pode ser uma das explicações para o recorde histórico de óbitos registrados pelos cartórios de registro civil brasileiros em janeiro de 2022, o mais mortal desde o início da série histórica em 2003, com um aumento de mais de 70% nas mortes por pneumonia em comparação ao mesmo mês de 2021.
Em janeiro de 2022 foram registrados 144.341 óbitos no país, um aumento de 5% em relação a 2021, que registrou 137.431 mortes no mês, e que já havia registrado crescimento de 22% nas mortes em relação a janeiro de 2020, ainda antes do início da pandemia no país.
Já as mortes por pneumonia passaram de 12.745 em janeiro de 2021 para 21.718 neste ano. Em 2020, antes da pandemia, foram 15.484 mortes pela doença.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados administrada pela Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos 7.658 cartórios de registro civil — presentes em todos os 5.570 municípios brasileiros —, e cruzados com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que utilizam como base os dados dos próprios cartórios brasileiros.
AliançA FM