Brasileiros são autorizados a deixar Gaza

Brasileiros são autorizados a deixar Gaza As famílias de brasileiros que estavam na Faixa de Gaza e serão repatriados terão que viajar por

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Brasileiros são autorizados a deixar Gaza

As famílias de brasileiros que estavam na Faixa de Gaza e serão repatriados terão que viajar por terra e pelo ar até Brasília após a liberação da passagem de Rafah na fronteira com o Egito.

O grupo consistia em 34 indivíduos que residiam nas cidades de Khan Younis e Rafah no sul da Faixa de Gaza. Inicialmente, a lista de pessoas que passariam a fronteira incluía 33 nomes brasileiros. Frederico Meyer, embaixador do Brasil em Israel, afirma que a lista é completa devido a um “erro burocrático”.

É importante ressaltar que nem todos têm casa no país; do grupo, 24 são brasileiros e outros 10 são palestinos. Assim, é necessário fornecer apoio e informações para que possam permanecer no Brasil.

O Itamaraty informou que o grupo está aguardando os “trâmites necessários para a entrada no Egito e posterior repatriação para o Brasil” no posto fronteiriço de Rafah desde às 7h da manhã (horário local – 2h no horário de Brasília).

Com a saída do grupo de Gaza nesta sexta-feira (10), a chegada está prevista para o Brasil somente no domingo (12).

Caminho por terra e ar

Segundo a Embaixada do Brasil no Egito, assim que cruzarem a fronteira, será avaliada a necessidade de atendimento médico ainda em Rafah. Uma equipe do Itamaraty está sob aviso para recebê-los. O governo egípcio também montou um hospital de campanha para o atendimento dos estrangeiros.

No Egito, o grupo será recebido por uma equipe de diplomatas e pelo embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto.

A partir de Rafah existem duas possibilidades de trajeto:

  • ida em um ônibus até o aeroporto de El Arish, que fica a 53 km de Rafah, para embarque no avião presidencial que já está no Egito à espera do grupo. A aeronave depois fará escalas no Cairo, Roma, Las Palmas e Recife, antes da chegada no destino final em Brasília.
  • ou viagem até a cidade do Cairo em um ônibus. Neste caso, a previsão é que a viagem por terra dure entre cinco e seis horas.

 

O embaixador afirmou que, dependendo do horário de chegada, o grupo pode dormir em El Arish ou no Cairo antes de viajar para o Brasil com as mesmas escalas no dia seguinte.

O grupo que será repatriado está no aeroporto do Cairo à espera do avião presidencial, que também está autorizado a decolar para El Arish. Além disso, uma médica oficial da Aeronáutica irá acompanhar as famílias no voo para o Brasil.

Chegada e vida no Brasil

Quando os brasileiros de Gaza forem repatriados, o governo federal irá fornecer abrigo, documentação e alimentação.

No aeroporto, uma força-tarefa será mobilizada e uma estrutura de acolhimento terá representantes destacados da Receita Federal e da Polícia Federal para auxiliar no desembaraço de documentação, caso haja necessidade.

Haverá ainda a presença de médicos, psicólogos e um posto de imunização para fazer o atendimento imediato.

As famílias poderão ficar abrigadas no estado de São Paulo, segundo o secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho.

Cada família terá um espaço separado. um dos abrigos fica no interior paulista. Quem tiver vínculos no Brasil e quiser permanecer em outras cidades, terá o deslocamento garantido após concluir a regularização da documentação.

O Acnur (Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) têm dado apoio para garantir a aplicação de todo o protocolo humanitário recomendado para refugiados nessa situação.

As opções para os cidadãos palestinos são a entrada com visto brasileiro, pedido de admissão excepcional ou pedido de refúgio. Segundo o embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, as famílias receberão os documentos necessários para entrar no Brasil e caberá à PF fazer os controles na chegada.

A presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) Sheila Carvalho afirma que as equipes já estão preparadas para receber pessoas sem nacionalidade brasileira reconhecida e em diálogo com outros órgãos para a acolhida.

AliançA FM

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