De janeiro a 3 de junho de 2022, houve 35.017 denúncias de violações de direitos humanos contra pessoas idosas em todo o País em média, 227 denúncias por dia. A violência contra pessoas com idade acima de 60 anos representa 22% de todas as 154.916 denúncias de violações registradas pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), incluindo ações contra a mulher, a criança e o adolescente, moradores de rua, população LGBT e pessoas com deficiência.
Conforme os dados da Ouvidoria, as denúncias aumentaram durante a pandemia, quando as pessoas se viram obrigadas a permanecer por mais tempo em casa. No mesmo período de 2019, foram 17.566 denúncias, número que mais do que dobrou em 2020, chegando a 40.091. Já em 2021, no período considerado, foram 35.100 denúncias envolvendo violações a direitos dos idosos. Uma situação que não se alterou nesses anos é a de que mais de 60% das vítimas são mulheres.
Junho é o mês da campanha de conscientização Junho Violeta sobre a violência contra os idosos, criado em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Conforme o painel de dados da ONDH, a violência mais frequente é a exposição de risco à saúde, seguida de maus-tratos e agressão. “Em mais de 87% das denúncias (30.722), as violações ocorreram na casa onde a pessoa idosa reside”, disse o ouvidor nacional de Direitos Humanos, Nabih Chraim. Dessas, 16 mil ocorreram na casa onde residem vítima e suspeito. Entre agressores, os filhos são os principais responsáveis pela violação, figurando como suspeitos em mais de 16 mil registros, seguidos por vizinhos (2,4 mil) e netos (1,8 mil).
AliançA FM