Maior público da história das Copas, vantagem do empate na decisão, despedida da camisa branca…Relembre particularidades da decisão da Copa de 50.Em 16 de julho de 1950, o Uruguai derrotava o Brasil em um recém inaugurado e mais que superlotado Maracanã e conquistava pela segunda vez o título da Copa do Mundo. O Brasil 1 x 2 Uruguai de 50 virou tema de livros, documentários, debates e até hoje é citado com um dos jogos mais importantes dos 90 anos dos Mundiais de futebol. De tão marcante, ganhou até um nome próprio: “Maracanazo”.
Mas por que a decisão do Mundial de 50 é tão lembrada? Por ter sido um jogo único em vários aspectos. Confira alguns deles
Maior público da história das Copas
O Brasil x Uruguai de 1950 é – e sempre será o jogo de maior público da história das Copas do Mundo. O número oficial de torcedores pagantes no Maracanã é inimaginável para os dias de hoje: 173.850 pessoas.
Se for contar jornalistas, autoridades, convidados… e mais os que invadiram o estádio com a derrubada de portões, o número de 200 mil pessoas reunidas em campo de futebol é bem plausível.
O segundo maior público de uma decisão de Copa do Mundo fica bem distante do recorde de 1950: 114.600 torcedores em Argentina x Alemanha no estádio Azteca, em 1986.
A final que, oficialmente, não era uma final
Brasil e Uruguai era um confronto direto pelo título, mas não era uma “final” ao pé da letra. O confronto sul-americano foi indicado por sorteio para a última rodada do quadrangular final do Mundial. Enquanto as estimadas 200 mil pessoas se espremiam por um lugar no Maracanã, 11.227 espectadores assistiam, no mesmo horário, a Suécia derrotar a Espanha por 3 a 1 no Pacaembu (SP). Com a vitória, os suecos terminaram a Copa em terceiro lugar.
Única final de Copa em que um time tinha a vantagem do empate
O regulamento do Mundial de 50 previa um quadrangular final para se chegar ao campeão. Formado pelos quatro vencedores dos grupos da primeira fase. Como o Brasil havia vencido suas partidas nas duas primeiras “rodadas” (as goleadas por 7 a 1 e 6 a 1 sobre Suécia e Espanha, respectivamente), a Seleção jogava pelo empate no jogo decisivo contra o Uruguai – que havia derrotado a Suécia (3 a 2), mas empatara com a Espanha (2 a 2).
Primeira vez que um anfitrião perdeu uma decisão de Copa em casa
Os donos da casas chegarem à final foi algo comum nas primeiras edições das Copas do Mundo. Nos quatro primeiros Mundiais, apenas em um isso não ocorreu (com a França em 1938). Em 30 e 34, Uruguai e Itália fizeram a alegria de seus torcedores, conquistando a taça Jules Rimet. Vinte anos depois do Mundial que sediaram, os uruguaios não permitiram que os brasileiros tivessem o mesmo sentimento.
Primeira final de Mundial em que os jogadores atuaram com números nas camisas
Em 50, pela primeira vez a Fifa autorizou os jogadores a usarem camisas numeradas. Ajudando assim aos torcedores identificarem seus ídolos.
Na finalíssima, os dois camisas 7 marcaram: Friaça e Ghiggia. Schiaffino, autor do primeiro gol uruguaio, usava a 8. As camisas 9 e 10 passaram em branco. Incluindo o artilheiro do Mundial. Ademir de Menezes, que fez nove gols na Copa, o número que usava nas costas.
AliançA FM