Atualmente em 11,2%, segundo dados do IBGE para o trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego no Brasil deve ser uma das maiores do mundo até o final do ano. Isso é o que diz um levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, que compilou projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a economia em 102 países.
O Brasil é a segunda pior economia para os trabalhadores, perdendo somente para a África do Sul. No ano passado, o Brasil encerrou o ano com taxa de desemprego em 13,2% e 13,8% em 2020.
“Quando a gente pega aqueles países que são diretamente comparáveis com o Brasil, como Grécia, Peru e até a própria Argentina todos esses tem uma perspectiva melhor”, afirma o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, autor do levantamento.
Outros países emergentes têm taxas previstas em patamares bem menores. A projeção para a China, por exemplo, é de uma taxa de desemprego de 3,7% em 2022. Para a Rússia, que está em guerra, a estimativa é de 9,3%. Na América do Sul, Argentina (9,2%) e Chile (7%). o desemprego também tem patamar mais baixo.
Vale lembrar que o IBGE considera como desempregado para o cálculo da taxa oficial do país apenas os trabalhadores que efetivamente procuraram emprego nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa. Além dos 12 milhões de desocupados, o Brasil reúne atualmente um total de 4,7 milhões de desalentados – pessoas aptos a trabalhar mas que desistiram temporariamente de procurar uma vaga, além 6,6 milhões de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas.
AliançA FM