Ele já estava no comando da pasta desde o final de março, quando assumiu após Milton Ribeiro deixar o cargo em meio às denúncias de propina e tráfico de influência envolvendo pastores no MEC.
A permanência de Godoy na pasta era esperada e segue padrão das trocas em outros ministérios no começo do mês, quando seus titulares deixaram os cargos para disputar eleições. Bolsonaro tem optado por alçar ao cargo de ministro secretários-executivos.
Victor Godoy foi ainda o responsável por preparar e encaminhar à CGU (Controladoria-Geral da União) ofício com denúncia da atuação dos pastores que Milton Ribeiro diz ter recebido e despachado em agosto passado. Mas o ministro manteve forte interlocução com os pastores depois disso.
Na semana passada, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) recuou e apresentou registros de visitas dos dois pastores ao Palácio do Planalto. A dupla pivô do escândalo do balcão de negócios do Ministério da Educação esteve ao menos 35 no local, desde o começo do governo até 16 de fevereiro deste ano.
O documento divulgado pelo GSI mostra ainda duas idas dos pastores ao gabinete do presidente da República.
A dupla frequentou mais o Palácio do Planalto no primeiro ano de governo de Bolsonaro, quando foram 27 vezes lá. Em 2020, há apenas um registro no documento divulgado pelo GSI.
No ano passado, estiveram cinco vezes lá. Neste ano, Arilton foi duas vezes à Casa Civil de Ciro Nogueira, sendo uma delas acompanhado de Gilmar.
AliançA FM