Bolsonaro diz à PF que fez publicação sob efeito de remédios

Bolsonaro virou réu pela Justiça do Distrito Federal por incitação ao crime de estupro O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado

Bolsonaro diz à PF que fez publicação sob efeito de remédios
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse em depoimento à PF (Polícia Federal) nesta 4ª feira (26.abr.2023) que publicou o vídeo questionando a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sob efeito de remédios e que a publicação foi feita por engano. No período, segundo a defesa do ex-chefe do Executivo, Bolsonaro estava internado no hospital em Orlando, nos EUA, para tratar de uma “nova aderência” relacionada à facada que sofreu em 2018.

O ex-presidente chegou à sede da Polícia Federal pouco antes de 9h da manhã. O depoimento – marcado por ordem do ministro Alexandre de Moraes a pedido da PGR – foi no inquérito que investiga os mentores e incitadores dos atos golpistas e durou cerca de duas horas.

Bolsonaro foi incluído no inquérito a pedido da Procuradoria-Geral da República e começou a ser investigado por causa de uma publicação nas redes sociais no dia 10 de janeiro – dois dias depois dos atos golpistas. O vídeo – que atacava, sem provas, o sistema eleitoral – foi apagado por Bolsonaro horas depois.

De acordo com fontes da Polícia Federal, no depoimento, o ex-presidente só quis responder a perguntas sobre o vídeo. Os advogados afirmaram que o ex-presidente estava internado em um hospital americano por problemas no intestino e que fez a postagem foi acidental. Que Bolsonaro queria salvar a publicação, mas acabou a compartilhando sem querer e que ele fez a postagem sob efeito de remédios.

“Este vídeo foi postado na página do presidente no Facebook, quando ele tentava transmiti-lo pro seu arquivo de WhatsApp para assistir posteriormente. Por acaso, justamente neste período, o ex-presidente estava internado num hospital em Orlando. Foi submetido a tratamento com morfina. Esta postagem foi feita de forma equivocada, tanto que, pouco tempo depois, duas ou três horas depois, ele foi advertido e imediatamente retirou essa postagem”, diz o advogado de Jair Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno.

Em janeiro, quando pediu a inclusão do ex-presidente no inquérito, a PGR afirmou que a conduta de Bolsonaro pode ser enquadrada no delito de incitação ao crime, previsto no artigo 286 do Código Penal e cometido por quem estimula a prática de infrações. A PGR alega que, mesmo tendo sido postado e apagado depois dos ataques, o vídeo teria o poder de estimular novas ações contra os poderes da República. Bolsonaro diz à PF que  Bolsonaro diz à PF que  Bolsonaro diz à PF que 

Ao incluir Bolsonaro nas investigações, Alexandre de Moraes destacou um trecho da manifestação da PGR que diz que Jair Bolsonaro “se engajou em disseminar desinformação sobre as instituições judiciárias brasileiras, responsáveis pela organização dos pleitos, alegando que elas tramavam contra sua reeleição”.

E que as falas de Bolsonaro ocupam “uma posição de destaque na Câmara de eco desinformativo do país e contribuíram para que a confiança de boa parte da população na integridade cívica brasileira fosse minada”.

Agora, a Polícia Federal vai enviar esse depoimento de Bolsonaro ao STF para uma avaliação dos próximos passos. Essa foi a segunda vez, em três semanas, que Bolsonaro prestou depoimento à PF. No começo deste do mês, ele foi ouvido na investigação sobre as joias do governo saudita que entraram de forma ilegal no Brasil.

AliançA FM

 

 

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