Bolsonaro ataca TSE e Lula critica atuação de militares

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O atual presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (30), que “não serão dois ou três que decidirão como serão contados” os votos das eleições. Apesar de não ter citado nomes,o presidente já levantou suspeitas infundadas contra o sistema de votação brasileiro e costuma criticar a atuação de dois ministros e um ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Podem ter certeza que, por ocasião das eleições, os votos serão contados no Brasil. Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos. Nós defendemos a democracia, nós defendemos a liberdade e tudo nós faremos, até com o sacrifício da própria vida, para que estes direitos sejam de fato relevantes e cumpridos em nosso país ” disse Bolsonaro, durante evento em Parnamirim (RN).

O ex-presidente Lula (PT), líder nas pesquisas na disputa presidencial deste ano, usou uma palestra em um evento na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para mandar uma série de recados às Forças Armadas, ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao mercado financeiro.

“O papel dos militares não é ficar puxando saco do Bolsonaro. Os militares são uma instituição do povo brasileiro para defender o povo brasileiro de inimigos externos. Não tem que ficar puxando saco do presidente, seja Lula, seja Bolsonaro”, afirmou.

Antes, Lula havia lembrado os investimentos feitos por sua gestão nas Forças Armadas. Ele disse que os países latino-americanos consideravam o Brasil uma ameaça, mas que encontrou um cenário de terra arrasada nos quartéis.

“Quando eu ganhei as eleições, os soldados brasileiros eram liberados 11h da manhã porque não tinha arroz e feijão para dar pra eles”, recordou.

O próprio Lula fez piada com a situação e aproveitou para ironizar a censura imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao festival musical Lollapalooza em seu discurso que durou 45 minutos.

“Faz dois dias que me orientam que eu não posso falar de eleições. Havia muita inquietação: ‘Olha, Lula, nós vamos lá, vai ter o ato, mas não pode falar de eleição. Pedir voto então, impossível’. Ficou ainda mais grave porque ontem um partido (o Podemos) entrou com um processo para tentar evitar esse encontro aqui.”

“Eu vim pra cá pensando em colocar uma mordaça, porque eu não ia poder falar, ia poder só ficar fazendo gesto. Mas o que eu estranho é que não se falou outra coisa aqui a não ser em eleição”, completou Lula.

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AliançA FM

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