Boate Kiss: as metas são engajar a comunidade e construir memorial. Mesmo cheia de lembranças da madrugada de 27 de janeiro de 2013, dez anos depois Santa Maria continua sem um memorial para as 242 vítimas do incêndio na Boate Kiss. Há dois projetos já aprovados: um seria no prédio em que funcionava a casa noturna, na cidade da Região Central do RS, e outro na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mas, a falta de investimento tem impedido que as iniciativas saiam do papel.
A Prefeitura de Santa Maria diz que tem se colocado à disposição da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) para revitalização do prédio e construção do memorial e aguarda definição sobre o julgamento dos réus a pedido das famílias para continuar com o processo.
Para o projeto de memorial que seria feito no lugar em que a tragédia ocorreu, foi realizado um concurso com mais de 100 inscrições de todo o Brasil. O vencedor foi Felipe Motta, de São Paulo.
”Pra mim, enquanto profissional e jovem, ter uma obra dessa importância seria algo muito bom, mas eu acho que isso é menor diante da importância para os pais e para todo mundo que vivenciou aquilo”, avalia Motta.
De acordo com o presidente da AVTSM, Gabriel Rovadoschi Barros, a associação tem tido reuniões para buscar parceiros que auxiliem no entendimento das etapas e viabilização da obra. “Acredito que esse ano teremos uma concretização”, projeta.
O projeto da UFSM tem terreno e até uma pedra fundamental, desde 2018, demarcando o local do memorial. Cinquenta e cinco estudantes da universidade morreram na tragédia.
”O intuito é usar 242 espécies arbóreas e palmáceas, que simbolizam cada uma das vítimas e também trazer esses elementos ao projeto arquitetônico”, diz o arquiteto do memorial “Kiss: amor à vida”, Luis Guilherme Aita Pippi.
AliançA FM