Um grande incêndio na área onde funcionava o antigo Lixão do Aurá, em Ananindeua, vem causando enormes transtornos aos moradores do local e proximidades e gerando muita preocupação. A fumaça tomou conta dos céus de Belém durante a noite de terça-feira (10) e segue até o momento da manhã de quarta (11), onde bairros como Jurunas, Cremação, Curió-Utinga, e outros amanheceram com forte cheiro de queimada.
O caso acontece em meio a uma denúncia de descarte irregular de lixo hospitalar no local. Caçambas da empresa Ciclus Amazônia, contratada pela Prefeitura de Belém, na gestão do ex-prefeito Edmilson Rodrigues, estariam despejando resíduos indevidamente na área do antigo Lixão do Aurá, que, embora oficialmente desativado, ainda sofre com uso irregular e falta de fiscalização.
Diante desse fato, a Prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), informou que as causas do incêndio que ocorre no momento no Aterro do Aurá serão investigadas pelos órgãos competentes, como Corpo de Bombeiro e Polícia Científica. “No entanto, a Sezel ressalta que a segurança da área é de responsabilidade da empresa Ciclus, que administra o local mediante contrato de licitação”, disse.
O poder municipal também explicou que vai exigir da empresa explicações sobre o caso e solicitar o aumento da segurança e fiscalização da Ciclus no local.
Empresa Ciclus sob investigação
A Câmara Municipal de Belém iniciou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades na contratação da empresa Ciclus Amazônia, responsável pela coleta de lixo na cidade. A proposta, apresentada pelo vereador Michell Durans, já possui o número necessário de assinaturas e deve ser encaminhada ao plenário em breve.
A Ciclus Ambiental pode ser responsabilizada por descarte irregular, danos ambientais e risco sanitário, já que o lixo hospitalar tem protocolos específicos de coleta, transporte e destinação final. Se comprovada a infração, a empresa poderá sofrer sanções administrativas, contratuais e judiciais.
Fonte: DOL
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