Um teste do bafômetro constatou que o condutor do veículo estava embriagado
O motorista Flavio Renavato Simão, de 40 anos, atropelou um casal de estudantes de 16 anos e matou o filho deles, um bebê de apenas 11 dias de nascido. O acidente aconteceu no último dia 11, na Rodovia Rio-Santos (BR-101), altura de Itaguaí, na Baixada Fluminense.
Um teste do bafômetro feito por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no condutor do veículo indicou a concentração de 0.86 mg/L de álcool no sangue dele, quantidade essa acima do permitido.
O acidente aconteceu por volta de 15h, na pista sentido Angra dos Reis. Thayna da Silva e Souza e Brendom Diniz Ferreira tinham acabado de sair de casa e empurravam o carrinho, onde estava Bernardo. O casal mora há cerca de um ano às margens da estrada, em um terreno da família do rapaz e iam para o aniversário de uma prima.
“Vizinhos nos contaram que o carro estava parado no acostamento, mas de repente o cara acelerou por engano e acertou todo mundo. Ele tinha bebido e fez essa tragédia, acabou com a nossa família. Minha filha não consegue lembrar de nada o que aconteceu. Está toda machucada, cheia de dores e com dificuldades para levantar e andar”, contou a mãe da estudante, uma dona de casa, de 34 anos.
De acordo com o registro feito na 52ª DP em Nova Iguaçu, central de flagrantes da região, depois do atropelamento, o motorista ainda dirigiu por cerca de quatro quilômetros, durante oito minutos, com Brendom preso no pára-brisa dianteiro. Ele teria tentado fazer zigue-zague e até dar cavalinho de pau para que o jovem caísse do carro. Como não conseguiu, teria entrado com ele no Hospital Municipal São Francisco Xavier. Ao tentar fugir, foi preso por policiais militares no estacionamento da unidade de saúde.
Em depoimento, os PMs contaram que, com o forte impacto da batida, Thayna foi parar em um matagal, a dois metros de distância. Na delegacia, Flavio se reservou ao direito de somente prestar declarações em juízo. Em audiência de custódia, o condutor do carro teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva pelo juiz Antônio Luchese, conforme pedido feito pelo promotor Bruno Guimarães.
“Diante de todo o conjunto probatório, não restam dúvidas de que ele assumiu o risco de matar e de lesionar essas vítimas ao dirigir depois de ingerir grande quantidade de bebida alcoólica”, explicou o delegado Marco Aurelio Castro, titular da 50a DP (Itaguaí), para onde o inquérito foi encaminhado.
Fonte: DOL