Empresários, banqueiros, juristas e outros representantes da sociedade têm se articulado para reafirmar a confiança no sistema eleitoral, em meio à escalada dos ataques feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre os signatários, estão Arminio Fraga, economista e ex-presidente do Banco Central, Candido Botelho Bracher, ex-presidente do Itaú, Claudio Haddad, ex-presidente do Insper, José Guimarães Monforte, ex-presidente do Conselho de Administração do BB, e José Olympio Pereira, ex-presidente do Credit Suisse no Brasil.
Nesta última terça-feira (26), a Faculdade de Direito de USP publicou a lista de signatários de um manifesto que defende a democracia e o processo eleitoral marcado para outubro. A lista competa pode ser vista no arquivo publicado nesta terça-feira pela faculdade.
Também assinam o documento Maria Sílvia Bastos e Luciano Coutinho, economistas e ex-presidentes do BNDES, Pedro Moreira Salles, presidente do conselho administrativo do Itaú Unibanco, e Roberto Setubal, ex-presidente do Banco Itaú.
Entre os economistas, também estão na lista Affonso Celso Pastore, Edmar Bacha, Elena Landau, Jose Roberto Afonso, Jose Roberto Afonso, Ana Carla Abrão, Bernard Appy, Fabio Giambiagi, Jose Roberto Mendonça de Barros, Luiz Gonzaga Beluzzo e Mário Theodoro.
A carta é referendada, ainda, por artistas, como os atores Eduardo Moscovis, Paulo Betti, Bete Mendes, Dira Paes e Debora Bloch, os músicos Chico Buarque e Arnaldo Antunes, as apresentadoras Cissa Guimarães e Astrid Fontenelle. Também é signatário o jornalista Reinaldo Azevedo.
No último sábado, reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicou a íntegra do documento, que menciona que o Brasil tem três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), “todos independentes, autônomos e com o compromisso de respeitar e zelar pela observância do pacto maior, a Constituição Federal”.
O documento também reforça a defesa ao sistema eletrônico de votação e apuração, que tem sido alvo de ataques sistemáticos do presidente Bolsonaro, em segundo lugar nas pesquisas eleitorais.
“Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral.”
O documento destaca que com a proximidade das eleições, o país passa por um momento de perigo para a normalidade democrática, risco às instituições e insinuações de desacato ao resultado do pleito.
“Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o Estado democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional”, segue o texto.
O acirramento dos ataques do presidente às urnas e o risco de um novo ato com discursos golpistas marcado para o 7 de Setembro têm unido empresários, executivos e banqueiros em demonstrações públicas de defesa da democracia.
AliançA FM