Auxílio Brasil é alvo de novo golpe

Auxílio Brasil é alvo de novo golpe

 

O chamado “Golpe do Auxílio Brasil” traz técnicas de phishing já bastante conhecidas, pedindo um cadastro para as vítimas, em troca de uma suposta transferência de dinheiro que nunca acontece. E, embora seja amplamente divulgado, muita gente continua sendo enganada. E o número de tentativas do crime impressiona: segundo a firma de segurança PSafe, somente na última semana foram bloqueadas mais de 140 mil.

Na última semana, foram bloqueadas o equivalente a 20 mil tentativas do Golpe do Auxílio Brasil por dia ou mais de 833 por hora e 13 por minuto. “O phishing tem um poder de disseminação extremamente veloz e os cibercriminosos se aproveitam disso. Prova disso é que, no primeiro semestre de 2022, o dfndr security e dfndr enterprise [soluções da PSafe] já detectaram uma média de 55 mil tentativas de phishing por dia e 2,3 mil por hora”, diz o o executivo-chefe de Segurança da PSafe, Emilio Simoni.

Imagine você tranquilo em casa quando, de repente, chega uma mensagem dizendo que há uma quantia a qual você tem direito a retirar no programa. Normalmente são valores consideráveis, até seis vezes maior do que seria o montante real. Essa é a principal abordagem dos criminosos, que aproveitam a situação de vulnerabilidade de muitas pessoas nesse momento de crise econômica.

Em outras ocasiões, o Golpe do Auxílio Brasil chega por meio de um link, que supostamente traz informações de consultas sobre o quanto você teria direito. Ambos exigem algum cadastro ou ação de falsa verificação, e, na maioria das vezes, chegam por WhatsApp. Mas também costumam vir por meio de SMS ou e-mail.

Os bandidos usam várias tática para distrair as pessoas e induzirem ao erro. As cores, logotipos e marcas costumam copiar o design oficial, e a promessa de transferência instantânea, via PIX, acaba seduzindo as vítimas.

Além de buscar o compartilhamento da campanha, os criminosos miram os dados coletados, que posteriormente podem ser usados para roubar os próprios valores a que os beneficiários teriam direito e essas informações também acabam sendo aproveitadas para outras fraudes pelos bandidos.

“Um agravante no caso do phishing é que a pessoa pode não se dar conta no momento do golpe que foi uma vítima. Isso porque eles coletam os dados para serem utilizados posteriormente, então a pessoa pode demorar meses para saber e, mesmo assim, nem se lembrará que pode ter relação com um cadastro fraudulento”, destaca Simoni.

Vale lembrar que um dos requisitos para ter acesso ao benefício é, obrigatoriamente, estar no Cadastro Único, que só pode ser realizado presencialmente. Portanto, na dúvida, consulte as informações nos canais oficiais e não compartilhe mensagens dessa natureza.

AliançA FM

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