Atos violentos de bolsonaristas não vão atrapalhar a posse de Lula, diz Dino

Atos violentos de bolsonaristas não vão atrapalhar a posse de Lula, diz Dino

 

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, voltou a tratar do tema nesta terça-feira, na reunião de encerramento da Transição, em que Lula participou. Dino fez questão de destacar as possíveis manifestações de bolsonaristas não vão atrapalhar a posse do presidente eleito em primeiro de janeiro.

Um grupo de manifestantes que não aceita a vitória de Lula sobre Jair Bolsonaro (PL) depredou carros em frente ao prédio da Polícia Federal em Brasília e queimou um ônibus.

O ato de vandalismo aconteceu depois que a PF prendeu o indígena Serere Xavante, que se apresenta como cacique, na noite desta 2ª feira (12.dez) por convocar pessoas armadas a impedir a diplomação de candidatos eleitos no pleito de 2022. A prisão ocorreu após decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, que atendeu pedido da PGR (Procuradoria Geral da República).

Depois do tumulto em frente à PF, os manifestantes ameaçaram ir para o hotel onde Lula está hospedado, perto da Esplanada dos Ministérios. O prédio foi cercado pela Polícia Militar do Distrito Federal. Cerca de 50 agentes foram proteger o hotel. Em dias normais, há só uma ou duas viaturas.

Dino disse que o grupo de segurança do presidente eleito, chefiado pelo delegado da PF Andrei Passos, e as forças policiais do Distrito Federal trabalham em sintonia.

“Esse trabalho conjunto é apto a, de um lado, garantir a segurança do presidente Lula, e, de outro, garantir a ordem pública na capital do país”

Disse o futuro ministro.

“Nós não podemos, nesse momento, achar que há vitória daqueles que querem o caos”, disse Dino. “Há, infelizmente, pessoas desejando o caos? Antidemocrático, ilegal? Sim, há. Mas essas pessoas não venceram e não vencerão amanhã”

Em 5 de dezembro, uma outra manifestação de apoiadores de Bolsonaro, mas sem vandalismo, na porta do hotel onde o presidente eleito está hospedado, fez com que a segurança do presidente eleito fosse reavaliada. Lula, porém, deve permanecer onde está.

O futuro ministro da Justiça disse, porém, que não sabia se alguém havia sido preso por causa das ações. Também disse não achar ter havido falha na segurança de Brasília. “Foi prontamente reprimido, a ordem foi reestabelecida”, declarou.

 

 

AliançA FM

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