Após reunião, Mesmo ‘irritado’, Lula decide manter no cargo o ministro das Comunicações
Depois de uma reunião na tarde desta segunda-feira (6), o presidente Lula decidiu manter no cargo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. O ministro é suspeito de usar avião da FAB em uma viagem para tratar de assuntos pessoais.
Em um vídeo divulgado nesta segunda, antes da reunião com Lula, Juscelino Filho negou as acusações. Disse que teve agenda de trabalho com operadoras de telefonia na quinta e na sexta. Segundo jornal, no fim de semana, Juscelino esteve em leilão de cabelos em Boituva, no interior do estado. No vídeo, o ministro afirmou que as diárias para todo o período, sem descontar o fim de semana, foram geradas automaticamente pelo sistema do governo e que devolveu os valores.
“O sistema gerou automaticamente e incluiu o período do final de semana nas viagens, e a própria área técnica do ministério já constatou isso em processo administrativo e eu procedi da mesma maneira que aconteceu na primeira viagem: assim que eu fiquei sabendo, eu devolvi imediatamente os valores e espero que o Portal da Transparência tão logo passe a registrar isso”, afirma.
A saída do ministro dividia aliados do chefe do Executivo. Enquanto a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), defendeu o afastamento temporário dele, outra ala do entorno de Lula vinha pregando que ele não poderia ser demitido —ao menos, não no curto prazo.
No fim de semana, a União Brasil saiu em defesa de Juscelino. Em nota da bancada, repudiou as declarações de Gleisi.
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República vai, na próxima reunião do conselho, analisar o caso do ministro, conforme disse o colegiado à Folha.
“Informo que os conselheiros da Comissão de Ética Pública já tomaram conhecimento do caso, pela imprensa, e irão adotar as tratativas pertinentes sobre caso na próxima reunião do Colegiado”, afirmou.
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República vai, na próxima reunião do conselho, analisar o caso do ministro, conforme disse o colegiado à Folha.
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República vai, na próxima reunião do conselho, analisar o caso do ministro, conforme disse o colegiado à Folha.
AliançA FM