Anvisa aprovou injeção semanal para tratamento da obesidade

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda-feira (2) o primeiro medicamento injetável de uso semanal

 

 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda-feira (2) o primeiro medicamento injetável de uso semanal para sobrepeso e obesidade, o Wegovy (semaglutida 2,4mg). A injeção, que deve ser aplicada semanalmente, promoveu uma redução média de 17% do peso corporal nos pacientes, segundo estudo.

  • O Wegovy (semaglutida 2,4mg) tem o mesmo princípio ativo do Ozempic;
  • Diferença é que o novo medicamento deve ser usado apenas no tratamento de obesidade e sobrepeso, enquanto o Ozempic é indicado para diabetes tipo 2;
  • O uso do Ozempic contra obesidade é “off label”, ou seja, médicos reconhecem um benefício não previsto na bula e indicam uso porque o medicamento é seguro;
  • A semaglutida é um  análogo ao hormônio GLP-1, que temos no intestino.Toda vez que uma pessoa se alimenta, ele sinaliza para o cérebro que é hora de reduzir a fome, retardar o esvaziamento do estômago e aumentar a produção de insulina, que promove a absorção da glicose nas células.

Quanto custa

De acordo com o laboratório Novo Nordisk ainda não há previsão de comercialização do medicamento no Brasil.”Ainda não há uma data definida para que ele chegue ao mercado visto que, após a análise de conformidade pela Anvisa, deve-se aguardar a finalização de outros processos, como a definição de preços pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos”, disse a empresa em um comunicado.

No Sistema Único de Saúde (SUS) também não há previsão de implementação e uso da substância, uma vez que se trata de um medicamento de alto custo.

Obesidade no Brasil e no mundo

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas são obesas em todo o mundo. A entidade estima que até 2025 aproximadamente 167 milhões de pessoas ficarão acima do peso ou obesas.

No Brasil, a doença crônica aumentou 72% entre os anos 2006 e 2019, saltando de 11,8% em 2006 para 20,3% da população. A frequência de obesidade é semelhante em homens e mulheres.

Já em relação à obesidade infantil, o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana da Saúde apontam que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade têm obesidade,assim como 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos.

 

AliançA FM                            Anvisa aprovou

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