Os advogados do ex-policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, que matou o guarda municipal Marcelo Arruda, abandonaram o júri do caso, que acontecia na manhã desta quinta-feira (4/4) no fórum de Foz do Iguaçu (PR), o que forçou o juiz a determinar o adiamento do julgamento. Advogado do ex-policial
Liberdade provisória para suspeito de matar petista
Após o cancelamento do júri, o assistente de acusação e advogado da família da vítima, Daniel Godoy, lamentou a atitude dos advogados do acusado.
“Houve uma tentativa de impor a nulidade ao processo para tentar vantagem em relação a meu cliente. Tanto que, ao final da manifestação, pediram liberdade provisória. Era esse o verdadeiro intento da defesa”, declarou.
Os advogados de Jorge tentam comprovar que o ex-policial penal atirou em Marcelo como forma de legítima defesa.
Outro lado
O advogado Samir Mattar Assad, da defesa de Jorge Guaranho, argumenta que a decisão de abandonar o júri foi uma medida externa, “tomada em defesa do jogo limpo e da garantia do amplo direito de defesa”.
A defesa do réu afirma que documentos essenciais foram protocolados poucas horas antes do início do julgamento, o que teria comprometido a capacidade de garantir os direitos legais do ex-policial penal.
“Desde o início do processo, nossa equipe tem enfrentado uma série de obstáculos, incluindo a ausência da certificação original das movimentações processuais, o que é essencial para garantir a transparência e a integridade do processo judicial”, destacou Assad.
Lembre o caso
Guaranho matou Arruda em 9 de julho de 2022. No dia do crime Marcelo Arruda reuniu amigos e familiares na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu. Guaranho, que não conhecia ninguém, soube da festa por um terceiro e invadiu o local.
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Ele discutiu com a vítima e deixou o local para buscar uma arma. Na sequência retornou e cometeu o homicídio. Ele não conseguiu ferir mais pessoas porque Arruda, que era Guarda Municipal, atirou de volta e conseguiu deter o ataque.
De acordo com testemunhas e com o inquérito policial Guaranho entrou no local gritando “mito” e “aqui é Bolsonaro”. Ele foi até a Aresf porque não concordava com o tema da festa, que fazia uma homenagem ao presidente Lula.
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Governo federal gastou R$ 6 milhões ao longo dos 50 dias de buscas aos dois presos que fugiram na penitenciária federal de Mossoró e foram recapturados nesta quinta-feira (4). A caçada custou, em média, R$ 121 mil por dia.
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