Por: Júlia Pereira
A Proteção Animal Mundial, organização não-governamental que atua em prol do bem-estar dos animais, está promovendo a campanha ‘Me deixa ser selvagem’.
A iniciativa tem como objetivo pressionar os líderes dos países do G20, incluindo o governo brasileiro, a discutirem o banimento global do comércio de animais silvestres, em sua cúpula anual entre os dias 21 e 22 de novembro.
A campanha, que já conta com mais de 500 mil assinaturas em petição que pede a ação dos líderes globais, chama a atenção para os riscos da interação entre pessoas e animais selvagens, incluindo o surgimento de novas pandemias como a de Covid-19.
O objetivo global da campanha é reunir mais de 1 milhão de assinaturas pelo fim do comércio de animais silvestres em todo o mundo até o dia 21 de novembro, quando começa a cúpula anual dos países do G20.
O conceito criativo da campanha, que conta com peças que mostram os animais da fauna brasileira em seu habitat natural, foi criado pelo designer Gabriel Calou, com o auxílio da equipe de comunicação da organização.
A campanha também irá engajar influenciadores, para produção de conteúdo para Instagram, TikTok e Twitter.
Outra novidade é a série de podcast ‘Mega Animal’, com apresentação da jornalista Paulina Chamorro e produção do Compasso Coolab. Com episódios quinzenais, disponíveis nos principais serviços de streaming, a série irá tratar de diferentes formas da mercantilização em escala industrial da vida silvestre, seja para alimentação, medicina tradicional, entretenimento ou acessórios de moda.
Todos os anos, milhões de animais silvestres são capturados de seus habitats naturais para serem criados em péssimas condições no cativeiro. Entre animais afetados estão onças, cobras, papagaios, iguanas, jabutis e passarinhos que são retirados de seus pares para ficarem trancafiados em gaiolas e servirem como bichos de estimação, sem conseguirem expressar seus comportamentos naturais, vivendo uma vida de extremo sofrimento.
A exploração da biodiversidade do Brasil é intensiva. Anualmente, são registrados mais de 290 mil novos animais nos sistemas legalizados, e estimativas apontam para mais de 38 milhões de animais silvestres retirados ilegalmente da natureza.