Um caso chocante abalou a região do Pantanal sul-mato-grossense: Jorge Avalo, de 60 anos, foi brutalmente atacado e morto por uma onça às margens do rio Miranda, em Aquidauana (MS). A informação, confirmada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) ao portal G1, expõe os riscos da convivência entre humanos e a fauna selvagem em uma das áreas mais preservadas do Brasil. Pegadas do felino e pedaços do corpo da vítima, que trabalhava como caseiro em uma fazenda, foram encontrados no local, reforçando a gravidade do incidente.
De acordo com o G1, a PMA foi acionada por volta das 9h desta segunda-feira (21), com a suspeita de que o ataque ocorreu na madrugada. Um vídeo gravado por outros caseiros da região, também divulgado pelo portal, mostra as pegadas da onça e rastros de sangue que evidenciam a perseguição sofrida por Jorge.
As imagens, perturbadoras, revelam a violência do encontro e a impotência diante de um predador em seu habitat natural. Equipes da PMA, incluindo peritos, foram enviadas ao local, que fica a cerca de duas horas de barco de Miranda, para investigar o caso.
O coronel Carlos Rodrigues, da PMA, informou ao G1 que a área próxima ao rio Miranda é conhecida pela presença constante de onças, conforme relatam moradores ribeirinhos. A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do ataque, mas o cenário já aponta para um desfecho trágico de um embate entre o homem e a natureza.
Vida selvagem
A morte de Jorge Avalo é um dos desafios de se viver em harmonia com a rica biodiversidade do Pantanal. O aumento da presença humana em áreas de preservação, somado à redução de habitats naturais, tem intensificado conflitos com animais selvagens, como as onças-pintadas, que lutam para sobreviver em um ecossistema cada vez mais pressionado.
A tragédia, noticiada pelo G1, escancara a necessidade de políticas públicas que promovam a segurança de trabalhadores rurais e ribeirinhos, como Jorge, sem demonizar os felinos que são parte essencial do equilíbrio ambiental.
É preocupante que casos como este ainda ocorram sem que haja medidas preventivas eficazes, como monitoramento de áreas de risco ou educação ambiental para comunidades locais. A PMA tem o dever de não apenas investigar, mas também propor soluções que evitem novas perdas humanas e protejam a fauna.
Fonte: Ver O Fato