O presidente Lula realizou, nesta segunda-feira, 20, a primeira reunião ministerial de 2025 para debater estratégias para o ano que se inicia. Nela, foram discutidas as próximas as ações a serem implementadas por cada pasta nos meses seguintes.
Como destaque, um dos assuntos abordados foi a COP 30, que será realizada este ano em Belém. Será a primeira reunião global sobre mudanças climáticas a ser realizada em solo brasileiro.
O Planalto iniciou o ano com a desaprovação do presidente Lula numericamente superior à aprovação. O mandatário trocou, na terça-feira (14/1), a chefia da Secretaria de Comunicação Social para melhorar sua performance.
Focos para 2025
Pensando em melhorar a aprovação do governo, ministros de pastas importantes e líderes governistas no Congresso focam numa série de medidas que podem resgatar a popularidade: a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil; a ampliação do Minha Casa, Minha Vida (MCMV); a saída do Mapa da Fome; e investimentos no Desenvolvimento Regional.
O marqueteiro Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social (Secom) na terça (14/1), com tarefa de melhorar a avaliação do governo através da comunicação. A expectativa do Planalto é que Sidônio promova uma comunicação mais integrada entre os ministérios. Essas propostas devem entrar no novo plano de publicidade do governo;
Além da articulação política, as entregas dos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Jader Filho (Cidades) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) são vistas como cruciais para melhorar aprovação.
Lindbergh Farias (RJ) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), líderes do PT na Câmara e do governo no Congresso, afirmaram em entrevistas ao site Metrópoles que a “prioridade” no Legislativo será a aprovação da isenção de Imposto de Renda. De acordo com a mesma pesquisa Atlas, o anúncio da medida melhorou a avaliação do presidente para 30,5% dos entrevistados.
BOLSA FAMÍLIA
Na semana passada, Lula recebeu no Planalto o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. O titular da pasta, vista como a “joia da coroa” do governo por lidar com programas como o Bolsa Família, afirmou ao presidente que a meta da pasta para 2025 é retirar o Brasil do Mapa da Fome.
O objetivo é diminuir para 2% a prevalência da subnutrição no país. Seria reduzir em mais da metade os 4,2% herdados do governo Bolsonaro, quando 33 milhões de brasileiros estavam no Mapa da Fome. Em 2023, essa taxa fechou em 2,8% e, segundo a previsão do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), a média deste triênio deve fechar em 2,4%.
Habitação e Desenvolvimento Regional
Em outra frente, o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), avisou ao Planalto que vai aumentar as entregas do Minha Casa, Minha Vida até 2026. Segundo interlocutores da pasta, a expectativa é que a gestão entregue de 2,3 milhões a 2,5 milhões de unidades habitacionais até o fim do ano eleitoral, sendo a maior parte antes do pleito.
Esse número representa, no mínimo, 300 mil (15%) acima do número de casas solicitado pelo presidente Lula, que espera contar com 2 milhões de habitações entregues até o fim do seu terceiro mandato. De acordo com técnicos do ministério, Jader já ordenou a aceleração das contratações PAC Seleções MCMV, categoria do Novo Programa de Aceleração do Crescimento que já atende as categorias “Entidades” e “Rural”.
No Desenvolvimento Regional, o ministro Waldez Góes espera lançar em breve o 1º Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. “Fizemos, agora está pronto e nas mãos do presidente, que vai lançar para a sociedade”, disse. O titular da pasta também disse que o governo federal vai investir mais R$ 12 bilhões no Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) e que tentará estabelecer uma gestão compartilhada do programa, cobiçado por lideranças locais do centrão no Nordeste.
Fonte: Dol
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Violência sexual está entre os crimes mais comuns contra crianças e mulheres nos municípios de Salvaterra e Soure, no Marajó. Dados e relatos dessa realidade foram obtidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Governo do Pará, no ano passado.
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