A Polícia Civil não descartou a possibilidade de Marcelly Peretto ter golpeado o irmão Igor Peretto, morto a facadas em Praia Grande, no litoral de São Paulo. De acordo com o relatório da investigação, a mulher deixou a cena do crime com unhas quebradas e roupas manchadas de sangue. O advogado dela, Leandro Weissmann, negou a participação da cliente no homicídio.
Três pessoas próximas a Igor foram presas: Rafaela Costa (viúva), Marcelly Peretto (irmã) e Mario Vitorino (cunhado e sócio). O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) concluiu que o trio premeditou a morte de Igor, em 31 de agosto, porque ele era um “empecilho no triângulo amoroso”.
Para a Polícia Civil, embora Marcelly tenha negado a participação no homicídio, a informação sobre ela ter saído da cena do crime com roupas manchadas de sangue e unhas quebradas não é compatívelcom a descrição de que teria ficado no quarto enquanto o parente era esfaqueado pelo cunhado.
De acordo com o relatório, as contradições no depoimento de Marcelly põem em dúvida até que ponto ela estaria envolvida na ação que culminou na morte de Igor, bem como na omissão. “Não sendo descartada a possibilidade de que a mesma tenha golpeado seu irmão”, acrescentou a polícia.
No termo de interrogatório, onde Marcelly depôs à Polícia Civil em 30 de setembro, ela afirmou que ficou nervosa com a situação e, por isso, roeu e tirou as unhas de silicone, sendo que a maioria ficou no assoalho do carro de Mario.
Durante o interrogatório, Marcelly justificou que o sangue que estava na camisa dela era da mão de Mario. Ela disse não ter visto o homem esfaquear o irmão, porém, quando chegou ao cômodo, o suspeito estava saindo de cima dele segurando a faca.
As últimas palavras de Igor Peretto foram descritas por testemunhas ouvidas pela Polícia Civil. Os relatos constam em um inquérito da corporação e em uma denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), obtidos pelo g1.
De acordo com as testemunhas, Igor declarou amor pela esposa, Rafaela Costa, minutos antes de ser morto a facadas no apartamento da irmã em Praia Grande.
“Vocês sabem o quanto eu amo aquela mulher, [o] quanto sou louco por ela“, disse Igor, de acordo com uma testemunha. “Vocês tudo contra mim, tudo armando contra mim. Eu era o único que não sabia de nada”.
Segundo a denúncia do MP-SP, Igor também demonstrou estar decepcionado com a irmã e o cunhado. “Do que adiantou eu fazer tudo? Eu me esforço tanto, eu fiz isso sempre por todos, seus traíras, p***”, teria dito a vítima antes de ser morta a facadas.
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O vigilante identificado como Enéas Araújo, de 50 anos, foi torturado e morto com várias facadas e terçadas, na noite do último domingo, dentro de sua própria casa, no quilômetro 30 na estrada AM-010, que liga Manaus ao município de Itacoatiara.
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