Desde setembro de 2022, Bruninho Samudio, filho de Eliza Samudio, não recebe qualquer pensão do ex-goleiro Bruno, seu pai biológico. De acordo com uma decisão judicial, o garoto deveria receber dois salários mínimos mensais, mas esse valor raramente foi pago ao longo de seus 14 anos de vida. Atualmente, a dívida acumulada por Bruno chega a impressionantes R$ 5 milhões.
“A Eliza morreu por isso, tentando garantir os direitos do filho dela, o que nunca aconteceu. Sigo correndo atrás da mesma coisa e o Bruninho continua sendo negligenciado”, desabafa Sônia Moura, avó do menino, ressaltando a luta contínua pela proteção e dignidade do neto.
Com a recente mudança de Bruninho para o Rio de Janeiro, onde treina nas categorias de base do Botafogo como goleiro, o processo judicial que já se arrasta por anos será transferido para a capital fluminense. “Vai voltar para onde tudo começou”, afirma Sônia, indicando a relevância do local na história da família.
Em 2022, em uma tentativa de regularizar os pagamentos de pensão e evitar a prisão por dívida alimentícia, Bruno chegou a realizar uma rifa de camisas autografadas. Contudo, desde então, não houve mais movimentações financeiras em favor do garoto. Desde 2023, existe uma sentença de execução para a penhora de bens de Bruno, com a expectativa de que parte da dívida possa ser quitada.
Entretanto, informações apontam que o ex-goleiro do Flamengo, condenado pela morte de Eliza em 2010, não possui bens em seu nome. O sítio em Esmeraldas, Minas Gerais, onde a modelo passou seus últimos dias de vida, foi vendido e o valor dividido entre Bruno e sua ex-mulher, Dayane, mãe de suas duas filhas. Uma pequena parte do montante foi destinada a Bruninho, mas foi utilizada para cobrir os honorários dos advogados que acompanham o processo desde a prisão de Bruno, em 2013.
Além disso, em 2011, Bruno realizou a venda de um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, em uma manobra considerada para evitar o pagamento da pensão. O imóvel foi devolvido à Justiça, valendo atualmente cerca de R$ 1,5 milhão, e deve ser leiloado para ajudar a saldar a dívida.
Adicionalmente, o ex-goleiro também deve ao filho uma indenização por danos morais que já ultrapassa R$ 1 milhão. Apesar de ter tentado diversos recursos para se isentar do pagamento, Bruno foi derrotado em última instância no Supremo Tribunal Federal (STF).
A luta de Sônia Moura e de Bruninho por justiça e dignidade continua, em um cenário que expõe não apenas as falhas do sistema, mas também a necessidade de proteção aos direitos das crianças e adolescentes.
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Fonte: Ver-o-Fato
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