Polícia: PF prende suspeitos de ameaças à família de Alexandre de Moraes
A PF (Polícia Federal) prendeu 2 suspeitos de ameaçar a família do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão no Rio e em São Paulo.
Os dois homens são irmãos. Um deles foi preso na Vila Clementino, bairro nobre da Zona Sul da cidade de São Paulo. O outro foi preso na cidade do Rio de Janeiro.
Os suspeitos teriam enviado e-mails com ameaças a familiares de Moraes. A ação foi cumprida a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) e os mandados de prisão foram expedidos pelo próprio Alexandre de Moraes. A investigação foi conduzida pela segurança do STF.
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A investigação começou em abril, depois que e-mails anônimos começaram a chegar ao STF. As mensagens diziam que usaram bombas e sabiam o itinerário da filha do ministro Alexandre de Moraes.
A segurança do STF foi acionada e ajudou a Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da PF a fazer os levantamentos.
As medidas foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão chegou à PF nesta quinta-feira (30).
Os crimes que estão sendo apurados são: ameaça e perseguição, crime de “stalking”. A audiência de custódia está prevista para a tarde desta sexta.
Um dos suspeitos, preso no Rio, é fuzileiro naval da Marinha, identificado como Raul Fonseca de Oliveira. O outro, foi identificado como Oliveirino de Oliveira Junior. Até a última atualização desta reportagem, a defesa de Raul e de Oliveirino ainda não tinha sido localizada.
‘Graves ameaças’
Em nota, o ministro Alexandre de Moraes informou que “a pedido do Ministério Público, determinou as buscas e apreensões e decretou as prisões no curso da investigação da PF”.
E que no pedido da PGR, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reconheceu, a partir do conteúdo das mensagens as “graves ameaças a família do ministro” e a “existência de provas suficientes da existência do crime”.
A nota diz ainda que “pela gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas” os suspeitos não poderiam continuar em liberdade.
Os suspeitos, ainda segundo a nota, também são investigados pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tipificada, uma vez que o conteúdo das mensagens de ameaça à família de Moraes também faz referência ao “comunismo” e antipatriotismo”.
O que diz a Marinha
Questionada, a Marinha do Brasil (MB) informou que “não se manifesta sobre processos investigatórios em curso no âmbito do Poder Judiciário” e que “permanece à disposição da Justiça para prestar as informações, no que lhe couber, necessárias ao andamento das investigações.”
Polícia: PF prende suspeitos
AliançA FM