Moraes manda soltar ex-ajudante de Bolsonaro Mauro Cid
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu liberdade ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Cid deve ser solto ainda nesta sexta-feira (3/5).
Mauro Cid foi preso em 22 de março durante depoimento na Polícia Federal (PF), após vazamento de áudios onde atacava o STF.
Ele foi ouvido por cerca de 30 minutos pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes. Cid teria desmaiado depois que foi informado que seria preso.
O militar, que fez um acordo de colaboração premiada, voltou a ser detido após o vazamento de áudios em que ele faz críticas à investigação da Polícia Federal e ao próprio Moraes, relator de inquéritos que miram Cid.
O ex-ajudante de ordens é investigado na suposta trama de tentativa de golpe de Estado, na falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19 e no caso da venda de joias sauditas recebidas pela presidência.
No pedido de liberdade, a defesa de Mauro Cid argumentou que os áudios não causaram prejuízo à investigação e que não houve obstrução de justiça.
Além disso, cita que a gravação foi feita clandestinamente. Cid alega ter falado com um momento de desabafo.
O ex-ajudante de ordens ainda reclama da condução do processo, citando o relator do inquérito. “O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta”, revelou a reportagem.
Um dia depois da divulgação dos áudios, em 22 de março, Cid foi chamado para uma audiência no STF para confirmar os termos da colaboração premiada que tinha garantido a saída dele da prisão em setembro de 2023.
Ao gabinete de Moraes, o tenente-coronel reforçou tudo o que havia dito na delação e negou ter sido coagido por policiais. O militar também disse ainda que os áudios foram enviados em um momento de desabafo.
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Moraes manda soltar
AliançA FM